Em entrevista a Leandro Modé, no Estadão neste domingo. O renomado economista, José Roberto Mendonça de Barros, diz que "é hora da estratégia, não da tática". Para José Roberto o Brasil está diante de uma grande oportunidade para aproveitá-la é fundamental uma mudança de mentalidade.
A propósito, também creio, que Sete Lagoas está diante de uma grande oportunidade, e aqui como em nível nacional precisamos de uma nova mentalidade. É momento de alargamos os limites conhecidos do "nosso possível" - ou nosso conformismo -, rompendo com o fatalismo vigente e acomodador.
É claro que numa cidade onde o assistêncialismo clientelista é a norma, falar de metas mais ambiciosas é como sonhos impossíveis. Não conseguimos dar passos maiores, avançar. Acostumamo-nos a olhar o curto prazo. Um erro. Estamos errando enquanto sociedade, não dá para culpar apenas os políticos - sim, são os maiores culpados, não os únicos, afinal "eles são nós enquantos autoridades eleitas pela gente, ou não? -. E esta eleição para prefeito é uma oportunidade de construirmos uma agenda de longo prazo, substituindo o tático pelo estratégico. É hora de olhar pra frente, construir uma agenda que seja da sociedade como um todo: quais são as nossas prioridades? Vamos debater, chegar a conscessos. Do contrário, nós manteremos firmes na visão obsoleta, fechada e arcaica, enquanto nossos competidores avançam rumo ao desenvolvimento sustentável. É isso, amigo leitor, Sete Lagoas tem, sim, um grande potencial. Falta realizá-lo.
Veja uma de suas repostas de José Roberto. Se quiser ler integralmente a entrevista clique no link: http://txt.estado.com.br/editorias/2008/03/02/eco-1.93.4.20080302.7.1.xml
Estamos em um momento económico histórico?
Não tenho dúvidas. Mas nem tudo é cenário róseo. Há uma coisa claramente na contramão: o Estado. Olho com muita apreensão e tristeza que essa prevalência cada vez maior de uma visão velha, antiga do Estado, que faz, controla, regula e se mete em tudo já ganhou 100%. É isso que está sendo feito e custará muito caro ao País. Por isso que não tenho certeza se essa oportunidade será aproveitada para darmos um salto. Complicações de infra-estrutura, por exemplo, decorrem diretamente dessa percepção de que não deve haver agência reguladora. Alguns otimistas dizem que está mudando, mas é muito marginal. O que há? Meia dúzia de estradas? A Infraero será privatizada? Ao mesmo tempo, há 200 mil funcionários a mais, uma estatal por dia sendo criada, regras específicas... Vamos pagar um preço muito caro quando os atuais governantes perceberem - o presidente é muito perceptivo. Vai ser tarde para mudar.
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