sexta-feira, 28 de março de 2008

O TEMPO E AS NUVENS DA POLÍTICA

Um belo texto de um amigo no "Hoje - Jornal da Cidade" - (Márcio descobri quem é o Sérgio - demorou mais caiu a ficha), da os parabéns para ele por mais essa bela obra de arte. O texto:

Previsão do Tempo
Todos já se deram conta (e o calendário mostra) de que estamos no outono, tido e havido como estação da colheita. Estamos, também, na antevéspera das eleições. Pela "Folhinha de Mariana" - famosa por seus acertos - o tempo vai esfriar; segundo os analistas, no polo político, a coisa tende a esquentar. Como se vê, meteorologia e política não são acordes, embora Aureliano Chaves (ex muita coisa, com sabem) tenha cunhado frase que atende aos interesses gerais, concilia as duas ciências, explica o inexplicável e já entrou para o folclore: "Política é como nuvem: está sempre mudando".

Em Sete Lagoas - 19º27'33"S e 44º15'08"N, 22 partidos com Diretório ou Comissão Provisória - a coisa não poderia ser diferente. Por cautela, a coluna não se aventura a dizer como será o amanhã, mas o hoje - como em qualquer previsão do tempo ou da política - o que se vê não surpreende. De um lado, está o prefeito Leone Maciel, tudo fazendo para continuar no comando da Prefeitura. Ele tem a seu favor 13 partidos e conta com pelo menos 700 cabos eleitorais nas fileiras de candidatos a vereador e exercendo cargos de confiança no Governo Municipal. E comanda a "máquina", o que pesa na balança.

Do outro lado há pelos menos QUATRO POSTULANTES OSTENSIVOS - MAROCA (PSDB), EMÍLIO (PSB), DR. RONALDO JOÃO (PDT) E DR. JOÃO BATISTA/LEONARDO (DEM) - e quatro camuflados sob a bandeira do PT: Dr. Celsinho, Mário Balu, Professor Tió e Flávio de Castro. Alguns garantem que todos ensaiam uma peça inédita no teatro de Sete Lagoas: eles aparecem agora como atores principais e tentam empolgar a platéia. Mas, na hora do espetáculo - quando o terceiro sinal anunciar as convenções partidárias, em junho - ajustarão seus papéis, mudarão o script e apenas um aparecerá em cena aberta.

Aí, veremos que, como na meteorologia, a política também é capaz de produzir surpresas: a mistura de cúlulos e cirros produz tempestades; já a mistura de extratos e nimbus produz apenas raios e trovões. Se vai chover (e onde a água poderá cair) é outra história. Entre a incerteza dos analistas políticos e a imprecisão dos meteorologistas, é melhor que vejamos o céu sete-lagoano com o experiente e maravilhoso olhar de Aureliano Chaves...

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