Ao longo de décadas, a alternância do poder político em Sete Lagoas, pouco contribuiu para modificar alguns valores arraigados em boa parte da sociedade local. E entre os quais se destacam o patrimonialismo e protecionismo. Tais valores têm influenciado decisivamente, ainda hoje como ontem, o debate e o processo decisório tanto na esfera pública como no universo privado; tanto nas grandes como nas pequenas questões. E a conseqüência mais danosa dessa velha cultura é a de emperrar e/ou atrasar o progresso do município, das instituições, das empresas e das pessoas.
Neste sentido, o debate SAAE X Copasa foi emblemático. Cheio de idas e vindas, acabou com o recuo do Prefeito, que sob forte pressão de grupos patrimonialistas optou por conservar a autarquia, ao custo de 77 milhões de empréstimo e zero de recursos para construção da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto. Quer dizer: a escolha feita onera o município, não soluciona o grave problema de esgotamento sanitário, dispensa 162 milhões de investimento, o know-how da melhor empresa de saneamento do Brasil e a cidade ainda fica obrigada a dar 10 milhões de contrapartida. Mas isso atende ao interesse tanto de grupos diretamente beneficiados como aqueles que estão interessados em manter intactos usos, costumes e atitudes que compõem o lado arcaico da cidade. SÃO PESSOAS QUE ATÉ PODEM ESTAR NA "OPOSIÇÃO", MAS NÃO QUEREM MUDANÇAS NA VELHA CULTURA.
2 comentários:
Concordo, o coronelismo ainda é uma realidade em Sete Lagoas. Paranbéns pelo Blog, ele vai ajudar a abrir a cabeça das pessoas.
É incompreenssível tais atitudes... ignoram os fatos e se afugentam em suas residências como se nada estivesse acontecendo... e o caso: são só problemas! O corenalismo infelizmente está na ativa... Muito bom seu blog..
Postar um comentário