quinta-feira, 19 de junho de 2008

Ao final de uma legislatura com cinco médicos, veja o estado de calamidade pública da saúde em Sete Lagoas

Conheça as reivindicações dos profissionais do PSF(Programa de Saúde da Família) que se mobilizam contra o descaso com a saúde básica de Sete Lagoas :
  • Agilidade na marcação das especialidades médicas(endocrinologia, neurologia,psiquiatria,oftalmologia), é impossível para o paciente esperar até 02 anos por uma consulta!;
  • Agilidade na marcação de exames(alguns exames demoram mais de um ano para serem agendados, ex: ultrasonografia)
  • Maior regularidade nos estoques de medicação, para evitar suspensão no tratamento;
  • Criação de um serviço de urgência ginecológica;
  • Melhoria da recepção dos pacientes do PSF quando encaminhados aos serviços de urgência;
  • Melhoria dos locais de atendimento e dos postos de PSF;
  • Perseguição e ameaças contra os funcionários do PSF, inclusive contra médicos;
  • Alguns dos profissionais do PSF de sete Lagoas recebem um dos piores salários do Brasil;
  • Evitar substituição dos médicos das unidades para melhor acompanhamento dos pacientes;
  • Melhor acompanhamento dos pacientes na Saúde Mental;
  • Liberação dos medicamentos controlados com as receitas dos médicos do PSF;
  • Respeito às prescrições de receitas e procedimentos pedidos pelos médicos do PSF;
  • Melhoria nas condições de trabalho dos agentes Comunitários de Saúde, que queixam sobrecarga;
  • Melhor organização nos serviços de urgência, com finalidade de evitar que pacientes mais graves sejam atendidos na atenção básica, onde não há recursos para melhor tratamento. PSF é uma porta de entrada ao sistema de saúde e não um tapa buraco!

Comento:

A população elegeu cinco médicos na expectativa de solucionar os graves problemas de saúde, depois de uma legislatura o resultado está aí. Pelo que se vê, eles não enfrentaram os problemas. E porque uma bancada tão forte, composta por cinco médicos não reagiu? A resposta parece estar na própria eleição deles. Explico: A sobrevivência política de muitos médicos no Brasil está condicionada à manutenção da dependência da população carente aos favores destes profissionais. Portanto, a eleição de médicos que se sustentam politicamente no assistencialismo pode ser a causa e/ou manutenção e não a solução dos problemas de saúde.

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