quarta-feira, 18 de junho de 2008

AMBEV: Leitor traz um dado perturbador

Do leitor, comento em seguida:
Boa tarde Leonardo,
Vi no seu blog que o Aécio garantiu a Ambev em Sete Lagoas e constantemente, leio suas abordagens sobre a fábrica.
Sou de Sete Lagoas e moro em Pedro Leopoldo e desde a segunda feira,os moradores daqui garantem que a Ambev já comprou um terreno em PL para iniciar a construção da fábrica na cidade.
Será muito triste para Sete Lagoas perder este empreendimento e por causa de 400 pés de Pequis (enquanto isso um Suiço pode comprar metade da Amazônia.)
Tomara que esta notícia não seja verdade, mas onde a fumaça a fogo e aqui em PL está com muita fumaça.

Abraços!!!
Eduardo


Comento:
Como o leitor Eduardo, espero que essa informação não seja verdade, menos por estarmos perdendo tal investimento para outra cidade, no caso Pedro Leopoldo, do que o fato de que estamos perdendo para nós mesmos -, falo da perda enquanto estado de Minas Gerais. Você deve estar se perguntando: mas Pedro Leopoldo não fica por acaso, em Minas, Leonardo? Sim, fica. Porém, um estado que for tolhido a sua liberdade de receber um investimento produtivo em uma parte estratégica de seu território começa a ser derrotado. Derrotado prá quem? Para ele mesmo. Ou por acaso foi o Governador de São Paulo, José Serra, que instaurou uma lei aqui, no estado de Minas que compromete o nosso desenvolvimento de forma integral?

Não amigos, a responsabilidade por essa prezepada é nossa mesmo. A Lei 10.883 foi o estado de Minas que criou. E aposto com vocês que na época ela foi celebrada pelos, já xiitas, como uma panacéia que preservava o Pequi, e forneceria alimento aos pobres famintos, não é assim que eles fazem e na maioria das vezes nós ficamos aplaudindo sem medir direito as consequências de tais atitudes?

E a consequência de iniciativas modistas ou mal concebidas como esta lei, a gente sente agora. Ao contrário de preservar corretamente o meio ambiente, ela cria entraves ao desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento que poderia sim garantir a geração de riquezas que tirariam da miséria alguns milhares de pessoas e ainda trataria com respeito o nosso meio ambiente. E aqui eu sugiro como fiz em entrevista outro dia, que se crie áreas de preservação da mata nativa e etc. E não fique nesse papo de que o negócio é fazer compensações. Atitudes compensatórias que costumam ficar apenas na promessa fácil, no momento em que se quer atender seja uma demanda de supressão legítima ou não.

O meio-ambiente merece ser tratado com mais respeito. Por isso, temos que escolher quanto do meio ambiente deve ser preservado. Se agíssemos com uma visão racional, faríamos muito mais bem preservação ambiental e poderíamos agir sem ter que fazer promessas as quais não sabemos nem com certeza técnica se podemos cumprir.

PS.: Não se trata, ao que parece, de uma lei totalmente inútil não, mas uma lei porcamente formulada para atender diferentes realidades de nosso estado.

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