Como sabem os amigos leitores do blog, sempre discordei da "aliança de Belo Horizonte", ainda mais se ela for imaginada como um exemplo a ser seguido pelo Brasil. Em BH queria se indicar o prefeito não eleger um. Em nome de tal convergência na política -, como se divergir politicamente fosse errado - de um projeto para o bem da cidade. E qual foi o resultado: a população não aceitou homologar a coisa e propos uma nova eleição, não é isso um segundo turno, uma nova eleição?
E certa estava a população, ela queria uma campanha de verdade com os candidatos se expondo, dizendo eles a que vinham, não seus padrinhos. E assim ela decidiu e derrotou o arranjo-contratual ilegítimo que lhe pediam para assinar sem ler no primeiro turno. Um arranjo que se achava-se no direito de tomar do cidadão o direito inalienável de escolha. Rejeitado! E deve-se registrar a derrota moral dos patrocinadores deste projeto, apesar de Márcio Lacerta ter encerrado o primeiro turno a frente. O eleitor belorizontino disse-lhes NÃO. Não tentem confundir as coisas amigos: popularidade, popularidade; eleição à parte.
Chegou-se agora a uma nova eleição, ou a uma legitima. E o jogo recomeça: de um lado Leonardo Quintão, sentindo o rei da cocada preta; de outro um Márcio Lacerda, reconhecendo erros táticos e erroniamente culpando os ataques não respondidos dos opositores. ERRADO! Não se esta diante de um fenomeno eleitoral chamado Leonardo Quintão e nem diante de um fracassada campanha de Márcio Lacerda. Está sim diante de grave equivoco político de duas das maiores lideranças mineiras. Que tentaram em função óbvios interesses futuros promover uma artificial convergência PT-PSDB.
Temos, agora sim, dois candidatos de carne osso e uma eleição a ser vencida pelo candidato conseguir fazer uma aliança com o eleitor. Quer dizer, temos de novo a política no centro da disputa. A política que, como diz Reinaldo Azevedo, dividi opiniões e forma maiorias.
2º turno, a eleição de fato e direito
Diferente o primeira etapa agora os candidatos estão mostrando a cara e aí se pode conhecer as diferenças entre eles. De um lado desnuda-se um um guerreiro determinado que arregaça as mangas e vai a luta -, mesmo sendo um pouco ingénuo politicamente, as vezes; não mais um afilhado bonzinho e sem personalidade. De outro revela-se um sujeito voluntarista, que para tudo tem soluções faceis na ponta da língua. Como sua idéia sacada do bolso do palitó, onde ele criaria uma espécie de "alô prefeito" capaz de controlar cada probleminha por toda administração. Está ai uma demagogia barata do típico político factoide-populista.
E assim o eleitor tem as mãos o conhecimento por inteiro dos candidatos para tomar uma decisão sobre qual caminho quer seguir - e caminhos bem distintos, não é mesmo? Por sua vez, os candidatos são obrigados a assumirem compromissos que garantem uma mínima previsibilidade sobre seus possíveis governos. Ótimo para o cidadão, excelente para o amadurecimento democrático, uma lição exemplar para àqueles que quem ser líderes de verdade.
PS. Leonardo Quintão homem do Newtão e de ninguém mais, ninguém menos que garotinho, eta companhia hein?
"Diz-me com quem andas... (por Lauro Jardim)
A foto acima é de 2006 e flagra um trio da pesada fazendo campanha: Leonardo Quintão, o favorito para assumir a prefeitura de Belo Horizonte no dia 1º de janeiro, e os notórios ex-governadores Newton Cardoso e Anthony Garotinho. Por que eles estão juntos? Quintão foi o coordenador em Minas Gerais da campanha de Garotinho como candidato a candidato à presidência pelo PMDB. Garotinho teve o apoio de Cardoso, hoje um dos mais animados cabos eleitorais de Quintão. A propósito, se confirmada mesmo a derrota do seu candidato, Aécio Neves já decidiu: no próximo domingo, 26, dará uma entrevista assumindo que perdeu a eleição e antecipando que nada terá a ver com a futura administração da capital."
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