Aécio deixará o PSDB? Muita gente tem certeza disso. E agora que o PMDB mineiro piscou para ele, muitos vão apostar alto nisso. Pois eu não apostaria um tostão que o governador vai mudar de partido. E não é porque Aécio, como sabem todos, seja um homem partidário. É por razões outras, bem mais complexas.
Explico. Vamos a questão essencial: tendo Aécio a "coragem" que lhe exorta o ministro Hélio Costa, de trocar o PSDB pelo PMDB, qual é a "vantagem que Maria leva"? Não consigo ver o que Aécio pode ganhar, mas sim o que ele pode perder. A começar por Minas onde ele deixaria de ser o cacique mor do PSDB, para dividir espaço com os, então, correligionários Newtão e o próprio ministro Hélio Costa. Uma vez lá nos PMDBs - digo no PMDB- Aécio enquadraria o seu novo partido ao seu projeto nacional, ou o contrário, o governador é que seria enquadrado e obrigado a limitar seu escopo de atuação a Minas, não podendo realizar seu sonho de disputar, agora, a presidência? E o "PMDB do Serra", deixaria de apoiar o governador paulista para embarcar num projeto de Aécio, que tem 1/3 das projeções de voto do ex-ministro? Ainda tem o pedaço governista do PMDB que também não o apoiaria, ou alguém acredita que o PT vai abrir mão de ter uma candidatura própria? Assim, qual seria a garantia de que Aécio teria o PMDB para disputar a eleição e qual seria a força dessa candidatura?
Mas, se Aécio decidir que vale a pena correr todos os riscos acima e sair do PSDB sem renunciar ao governo, ele poderá sofrer uma ação por infidelidade partidária. Outro detalhe, nada desprezível, é que ao deixar o governo na troca de partido ou na data legal para disputar outra eleição quem assume é o vice do... PSDB. E, que implicações isso teria? Veja, amigo leitor, pode até parecer exercício ousado de futurologia mas vamos a ele: ao assumir, o vice-govenador, Antônio Anastasia, poderá não mais querer atrelar seu futuro político ao de Aécio, candidatando ao governo, com o apoio do PSDB nacional, mesmo que isso não atenda aos interesses do seu, hoje, aliado Aécio. Esse é outro risco.
Se a ida de governador de Minas para o PMDB é, na minha visão, um possibilidade bastante remota, vale a pena ele manter essa paquera com o PMDB? Alguns analistas consideram que com isso ele aumenta seu capital interno e até se fortaleceria para uma disputa com Serra. Penso diferente sobre isso também. Vejo que ao manter esse tipo de relação com o PMDB ele ao contrário de se fortalecer, acaba expondo um método pessoal de fazer política baseado no oportunismo. O que pode levar seus partidários, possíveis aliados (DEM e PPS) e até adversários, tê-lo como alguém que não se possa confiar. Serra, ao contrário tem fortalecido os vínculos internos e externos. Quem ganha com esse jogo?
Concluindo, não acho que Aécio muda de partido, acho que ele deveria mudar estratégica e taticamente de política. Mas quem sou para aconselhá-lo?
Explico. Vamos a questão essencial: tendo Aécio a "coragem" que lhe exorta o ministro Hélio Costa, de trocar o PSDB pelo PMDB, qual é a "vantagem que Maria leva"? Não consigo ver o que Aécio pode ganhar, mas sim o que ele pode perder. A começar por Minas onde ele deixaria de ser o cacique mor do PSDB, para dividir espaço com os, então, correligionários Newtão e o próprio ministro Hélio Costa. Uma vez lá nos PMDBs - digo no PMDB- Aécio enquadraria o seu novo partido ao seu projeto nacional, ou o contrário, o governador é que seria enquadrado e obrigado a limitar seu escopo de atuação a Minas, não podendo realizar seu sonho de disputar, agora, a presidência? E o "PMDB do Serra", deixaria de apoiar o governador paulista para embarcar num projeto de Aécio, que tem 1/3 das projeções de voto do ex-ministro? Ainda tem o pedaço governista do PMDB que também não o apoiaria, ou alguém acredita que o PT vai abrir mão de ter uma candidatura própria? Assim, qual seria a garantia de que Aécio teria o PMDB para disputar a eleição e qual seria a força dessa candidatura?
Mas, se Aécio decidir que vale a pena correr todos os riscos acima e sair do PSDB sem renunciar ao governo, ele poderá sofrer uma ação por infidelidade partidária. Outro detalhe, nada desprezível, é que ao deixar o governo na troca de partido ou na data legal para disputar outra eleição quem assume é o vice do... PSDB. E, que implicações isso teria? Veja, amigo leitor, pode até parecer exercício ousado de futurologia mas vamos a ele: ao assumir, o vice-govenador, Antônio Anastasia, poderá não mais querer atrelar seu futuro político ao de Aécio, candidatando ao governo, com o apoio do PSDB nacional, mesmo que isso não atenda aos interesses do seu, hoje, aliado Aécio. Esse é outro risco.
Se a ida de governador de Minas para o PMDB é, na minha visão, um possibilidade bastante remota, vale a pena ele manter essa paquera com o PMDB? Alguns analistas consideram que com isso ele aumenta seu capital interno e até se fortaleceria para uma disputa com Serra. Penso diferente sobre isso também. Vejo que ao manter esse tipo de relação com o PMDB ele ao contrário de se fortalecer, acaba expondo um método pessoal de fazer política baseado no oportunismo. O que pode levar seus partidários, possíveis aliados (DEM e PPS) e até adversários, tê-lo como alguém que não se possa confiar. Serra, ao contrário tem fortalecido os vínculos internos e externos. Quem ganha com esse jogo?
Concluindo, não acho que Aécio muda de partido, acho que ele deveria mudar estratégica e taticamente de política. Mas quem sou para aconselhá-lo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário