Para os assessores de Obama, informa o jornal inglês "The Daily Telegraph", a escolha de Hillary foi um erro. "Ela vai fazer um bom trabalho, mas vai fazer para si própria, não para Barack", é a opinião deles. Eu perguntei: é uma escolha estratégica ou ato de ingenuidade? Depende. Como os assessores de Obama imagino que Hillary vá fazer um bom trabalho. Porém, na avaliação histórica de Obama, a opção por Hillary será determinante, para o bem e para o mal. Ou seja, a senadora trás a experiência e uma competência importante para novo governo dos Estados Unidos. Isso nos [incluo-me, sim] dá segurança que o académico Barak Obama não oferece. Assim, vejo a escolha como estratégica para o estado americano e o mundo. Quanto ao fato de ela, Hillary, ter uma agenda própria é péssimo para o mito Obama, hoje e no futuro. Mas, alguém em sá consciência poderia esperar que só a obamania seria capaz de tomar as decisões, governar? Não, é claro que não. Obama não faz mais que ceder a realidade.
É, sim, uma vitória pessoal para Hillary e uma derrota para "Barack". Mas quem disse que ele tá aí para isso, ele já teve seu grande troféu. Agora terá mesmo que terceirizar a coisa. E desta perspectiva sendo pragmático o parabenizo por isso, assim, menos besteiras serão cometidas. Aí até concordo com o Apedeuta, "Obama não pode errar", quer dizer, já seria um feito e tanto se ele não errar, não é? Obama é uma imagem como Collor, Lula, ele não é um gestor como é FHC. Leiam esta análise que fiz depois de assistir o último debate que ele teve John McCain, completo em seguida:
Obama tem grandes chances de vencer a eleição americana. John McCain como José Serra na nossa eleição presidencial com Lula, é muito mais preparado que o seu oponente, porém, enfrenta também o monstruoso desafio da herança, essa realmente maldita, do governo Bush. Como aconteceu aqui em 2002 vemos a impressa de uma maneira geral aderir ao candidato oposicionista - "o Lula deles como refere-se um colega" -, independente do desempenho que ele tenha nos debates e da inconsistência de suas promessas.Hoje mesmo no último debate antes da eleição de 4 de novembro, havia um Obama conceitual à um McCain programático, expondo com clareza detalhes de sua ação caso for eleito, mas quê? Na opinião do diplomata que comentou o debate na Globonews era Obama quem sabia clarificar suas idéias. E Obama como fazem muitos de nossos políticos quando são chamados a responder sobre segurança pública, diz: "olha investir em educação é melhor que construir prisão". Ah, bom mas o que vamos fazer já para resolver o problema da criminalidade que bate a porta? Mandar construir uma escola para educar o bandido? Assim era o Obama em seus chavões sobre políticas para isso e aquilo, 'investir em nosso sistema de saúde é bom e tal, dar uma boa educação para nossas crianças...' Bem, só não dizia como, quando, onde e com que recursos. Uma evidência de seu lero lero foi na questão da energia. Quando perguntado, ele disse que tinha que analisar a perfuração de novos poços. Aí foi confrontado pelo oponente que chamou atenção do eleitor para as respostas vagas do adversário que sempre continham uma análise e não decisão sobre o que se precisa fazer. Portanto, quem foi que fez o dever de casa? Quem tinha um diágnostico? Quem é que tem a liderança para esse momento tão crucial? O académico Obama ou MacCain?
Agora, diante deste seu reconhecimento da realidade e de não ter as condições de fazer um governo com identidade própria, como ficaria para ele tentar uma reeleição? Falo disso em outro post.
Um comentário:
Haveria uma 3a. via: negociatas pré-eleição?
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