quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Para Aécio futuro sucessor precisa ser do "grupo"; não do PSDB. Isso seria o sinal para Pimentel sair do PT e ir para o PSB?

Por Marina Schettini, no O Tempo:
Aécio deseja fazer sucessor, mesmo que não seja tucano O governador Aécio Neves (PSDB) afirmou ontem que quer fazer seu sucessor à frente do governo do Estado. De acordo com o tucano, independentemente do partido de origem do futuro candidato, ele deverá fazer parte do grupo político que hoje compõe o Executivo. "Este grupo político que está hoje conduzindo o Estado certamente terá um candidato com condições de disputar e vencer as eleições", declarou o governador.
Segundo Aécio Neves, o PSDB tem um projeto para Minas Gerais, mas, segundo ele, os planos da legenda não são apenas dela, mas sim do grupo político composto por diversos partidos que hoje são aliados. "O projeto não é só do PSDB, mas de um conjunto de partidos que o apóia".
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Me parece que com essa posição de privilegiar o grupo ao partido, o governador repete o equivoco da eleição municipal. Claro, pode ser apenas uma fala política. Mas, na eleição da capital o governador transformou o discurso em prática e o seu partido, o PSDB, não lançou candidato para apoiar o PSB, mesmo tendo o governo do estado. O governador não quer fortalecer sua própria sigla, por quê? Parece que Aécio cultiva a idéia ainda de seu avô de reinar acima dos partidos. Ser o elemento de entendimento e também de solução.

Acho que essa não é melhor estratégia. Creio que o calculo político de Aécio é que esta é única maneira de ele ter alguma chance de disputar a presidência, sendo assim, como direi, um candidato de uma chamada convergência. E convergência em nome de que?, de qual propósito tão importante assim? Se essa for a visão do governador ele, então, não faz parte de um partido, apenas cultiva um projeto pessoal. Caso o PSDB aceite isso é melhor que ele assuma que virou um outro PMDB, com caciques locais que pouco se lixam para um projeto de poder partidário. Ou um projeto de país.

Por que acho que essa não é melhor estratégia do governador? Porque ao desprestigiar o seu partido, mais cedo ou mais tarde ele também será desprestigiado. Ao não fortalecer sua sigla a despeito de favorecer um concorrente interno ele pode estar deixando construir uma base partidária para si mesmo, hoje ou amanhã. E neste ponto se o PT tem algo a ensinar é justamente seu projeto partidário. O PT chegou ao poder porque teve essa visão estratégica que falta as outras siglas. Se assim continuar agindo PSDB corre serio risco de perder a eleição de 2010 e se desintegrar de vez. Acho que o único partido que além do PT que demostra uma visão de longo prazo no Brasil é o Democratas. Um partido que se revigora ao se posicionar unitariamente com oposição ao petismo e, sob a liderança inteligente de Kassab, pode se tornar à alternativa caso o PSDB venha a fazer a besteira de sair desunido nesta próxima eleição nacional.

Essa atitude particularista em detrimento do partido, fatalmente enfraquece o PSDB local e nacional. As lideranças do partido tem que reagir, do contrário perdem a moral. Quando é que se vê tal comportamento do PT. Sou um crítico do petismo, mas reconheço que esse tipo de atitude eles não admitem. Veja o caso prefeito de BH, Fernando Pimentel, ele depois que entregou a prefeitura a outro partido não tem mais ambiente para permanecer no PT. No PSDB tudo pode? Será que essa sigla representa um PARTIDO?

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Leonardo,

Eu não vejo nos partidos que poderão se coligar ao PSDB nenhum nome com densidade eleitoral suficiente para se candidatar.
Acredito que a posição do Aécio somente poderia ser considerada caso o PSDB não dispusesse de um nome viável.

Correa sjcampos sp

Anônimo disse...

Aécio = Projeto Pessoal. Nada mais é preciso dizer, com equívoco ou não.