Por Leonardo Goy - Estadão:
BRASÍLIA - A forte aprovação ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva não significa, segundo a pesquisa CNT/Sensus, que a população não esteja preocupada com a crise econômica. Pelo contrário. Segundo o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, o levantamento possui diversos alertas sobre a crise. Entre os 2 mil entrevistados, 83,5% têm acompanhado ou já ouviram falar da crise.
Com relação à situação do Brasil durante a crise, 52,3% de todos os entrevistados afirmaram que o Brasil já está sendo afetado. Entre os que disseram já ter conhecimento da crise, esse porcentual aumenta para 62,6%.
Para 18,6% do total de respostas, a crise ainda vai atingir o País. Entre os que disseram já ter conhecimento da crise, a taxa é de 22,3%.
Quando questionados sobre o reflexo da crise sobre sua vida pessoal, 28,7% de todos os entrevistados afirmaram já foram atingidos. Os que disseram já ter conhecimento da crise foram 34,4%.
Do total de entrevistados, 31,6% acha que o Brasil está preparado para enfrentar as turbulências e 33,4% acha que não está. Considerando apenas as pessoas que inicialmente disseram ter informações sobre a crise, a taxa dos que acham que o Brasil está preparado é de 37,9%, contra 40% que acreditam que o País não está preparado.
Com relação a futuro, porém, a expectativa dos entrevistado é positiva. Isso ajuda a explicar por que a popularidade de Lula bateu recorde ao mesmo tempo em que a crise começa a ser citada. "As medidas do governo e, principalmente, o discurso de Lula afirmando que o Brasil vai sair bem da crise ajudaram na avaliação do governo. A população está dando voto de confiança ao presidente Lula", afirmou Guedes.
Para 35% de todos os entrevistados, o Brasil sairá fortalecido da crise, contra 23% que julgam que o País ficará enfraquecido. Dentre os que possuem o conhecimento da crise, 41,9% acham que o País sairá mais forte e 27,5%, mais fraco.
Economia em 2009
Para 43,5% dos dois mil entrevistados pela pesquisa CNT/Sensus, a economia brasileira vai crescer pouco em 2009. Só 27,7% disseram que o Brasil crescerá muito no próximo ano, enquanto 19,7% avaliam que o País não vai crescer - o restante ou não sabe ou não respondeu à questão. Apesar do pessimismo em relação à economia, 65,4% dos entrevistados afirmaram que, de uma maneira geral, esperam um 2009 melhor que 2008.
A pesquisa da CNT/Sensus mostra ainda uma significativa depreciação dos chamados "índices do cidadão", que são taxas calculadas pela CNT/Sensus que medem a avaliação dos entrevistados em relação a emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. O índice total que mede a situação atual dessas variáveis caiu de 54,3 pontos em setembro para 49,29 pontos em dezembro, numa escala que vai de zero a cem.
Segundo o diretor da Sensus Ricardo Guedes, o fato de o índice da avaliação da situação atual ter caído para aproximadamente 50, ou seja, o meio da tabela, é um alerta. Para se ter uma idéia da percepção mais negativa dos entrevistados, em setembro, 52,9% deles avaliavam que o quesito emprego havia melhorado. Neste mês, apenas 39,3% deu a mesma resposta. No item renda, em setembro, 36,2% notavam aumento, porcentual que caiu para 26,5% em dezembro.
BRASÍLIA - A forte aprovação ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva não significa, segundo a pesquisa CNT/Sensus, que a população não esteja preocupada com a crise econômica. Pelo contrário. Segundo o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, o levantamento possui diversos alertas sobre a crise. Entre os 2 mil entrevistados, 83,5% têm acompanhado ou já ouviram falar da crise.
Com relação à situação do Brasil durante a crise, 52,3% de todos os entrevistados afirmaram que o Brasil já está sendo afetado. Entre os que disseram já ter conhecimento da crise, esse porcentual aumenta para 62,6%.
Para 18,6% do total de respostas, a crise ainda vai atingir o País. Entre os que disseram já ter conhecimento da crise, a taxa é de 22,3%.
Quando questionados sobre o reflexo da crise sobre sua vida pessoal, 28,7% de todos os entrevistados afirmaram já foram atingidos. Os que disseram já ter conhecimento da crise foram 34,4%.
Do total de entrevistados, 31,6% acha que o Brasil está preparado para enfrentar as turbulências e 33,4% acha que não está. Considerando apenas as pessoas que inicialmente disseram ter informações sobre a crise, a taxa dos que acham que o Brasil está preparado é de 37,9%, contra 40% que acreditam que o País não está preparado.
Com relação a futuro, porém, a expectativa dos entrevistado é positiva. Isso ajuda a explicar por que a popularidade de Lula bateu recorde ao mesmo tempo em que a crise começa a ser citada. "As medidas do governo e, principalmente, o discurso de Lula afirmando que o Brasil vai sair bem da crise ajudaram na avaliação do governo. A população está dando voto de confiança ao presidente Lula", afirmou Guedes.
Para 35% de todos os entrevistados, o Brasil sairá fortalecido da crise, contra 23% que julgam que o País ficará enfraquecido. Dentre os que possuem o conhecimento da crise, 41,9% acham que o País sairá mais forte e 27,5%, mais fraco.
Economia em 2009
Para 43,5% dos dois mil entrevistados pela pesquisa CNT/Sensus, a economia brasileira vai crescer pouco em 2009. Só 27,7% disseram que o Brasil crescerá muito no próximo ano, enquanto 19,7% avaliam que o País não vai crescer - o restante ou não sabe ou não respondeu à questão. Apesar do pessimismo em relação à economia, 65,4% dos entrevistados afirmaram que, de uma maneira geral, esperam um 2009 melhor que 2008.
A pesquisa da CNT/Sensus mostra ainda uma significativa depreciação dos chamados "índices do cidadão", que são taxas calculadas pela CNT/Sensus que medem a avaliação dos entrevistados em relação a emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. O índice total que mede a situação atual dessas variáveis caiu de 54,3 pontos em setembro para 49,29 pontos em dezembro, numa escala que vai de zero a cem.
Segundo o diretor da Sensus Ricardo Guedes, o fato de o índice da avaliação da situação atual ter caído para aproximadamente 50, ou seja, o meio da tabela, é um alerta. Para se ter uma idéia da percepção mais negativa dos entrevistados, em setembro, 52,9% deles avaliavam que o quesito emprego havia melhorado. Neste mês, apenas 39,3% deu a mesma resposta. No item renda, em setembro, 36,2% notavam aumento, porcentual que caiu para 26,5% em dezembro.
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