sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Doutora, o deputado tem o direito de expressar a sua opinião

O deputado federal e médico, José Aristodemo Pinotte (DEM-SP), escreveu o artigo "PSF", postado abaixo com críticas ao Programa Saúde da Família. Os doutores Flavia e Evelyn, que atuam no Programa, se posicionaram encaminhando para o blog, os seguintes comentários:
Dra Flavia Martins-disse...
O deputado está muito equivocado ao expressar essa sua opinião.Além de dados errados(sinal de que o mesmo nem o site do ministério da saúde teve o trabalho de consultar antes de escrever),não tem conhecimento da existência da especialidade Medicina de Família e Comunidade e muito menos do modelo de saude do Canadá e Inglaterra,onde funciona modelo Medico de Familia.Sugiro que o deputado comece a se informar mais acerca dos assuntos antes de redigir seus textos,para não falar tantas coisas sem fundamento.
5 de Dezembro de 2008 10:38
Dr. Evelyn Andrade disse...
Não concordo com todo o conteúdo mas nós médicos de família temos que assumir as falhas desse modelo:não podemos negar que as condições de trabalho geralmente são precárias; que tentam nos subordinar a interesses políticos dos gestores; que apesar de ser uma equipe 90% da resolutividade é dada apenas pelo médico sobrecarregando-o; que o médico não tem autonomia para se autogerir; que consulta preventiva em 15 minutos como somos obrigados a atender é lorota; que os profissionais são contratados para gerar números de consultas e não para prestar um serviço de qualidade; etc. Lamento, mas tenho que concordar com muito do que foi dito pelo Dr. Pinotti. Evelyn (PSF São Paulo)
5 de Dezembro de 2008 14:00
Bem, antes de entrar na discussão sobre o polêmico Programa, o que farei em outro post até amanhã, chama a atenção o fato da Dra. Flavia dizer que "O deputado está muito equivocado ao expressar essa sua opinião." A doutora tem todo direito de achar que a opinião do deputado é equivocada, mas nunca, de maneira alguma, ela tem o direito de censurar o deputado, ou qualquer um, de expressar sua opinião. Não, ao menos, enquanto o PT não tornar o Brasil uma ditadura do pensamento único, não é mesmo minha senhora?

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