segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Leitor me indaga sobre a notícia: "Fiat admite que precisa buscar parceiro para sobreviver"

Ele de azul; vou de verde.
Isto é estranho... Pode ser ignorãncia minha mas, como a Fiat pode se considerar pequena, se ela é simplesmente a que mais vende carros no Brasil?
Quando o presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, fala que a empresa é muito pequena para sobreviver sozinha à crise e precisa encontrar um parceiro, ele refere-se ao tamanho da empresa no mundo, não ao tamanho da companhia no Brasil. Marchione fala de uma escala de produção da ordem de 5,5 milhões de veículos produzidos: "Você precisa de pelo menos 5,5 milhões a 6 milhões de carros por ano para ter uma chance de fazer dinheiro", diz ele. "A Fiat não está nem na metade disso. E não estamos sozinhos nisso. Então precisamos agregar de uma maneira ou de outra".

Será que mesmo sendo a líder de vendas em nosso país ela não poderá se sustentar sozinha?

Segundo seu presidente, NÃO. O que me pareceu ser louvável em seu declaração é que "Marchionne também deixou aberta a possibilidade de perder seu cargo com a consolidação. 'Algumas pessoas perderão o direito de liderar... E eu me incluo nisso.'" Mostra desprendimento e ele está pensando grande, talvez por necessidade, quem sabe?

E quanto a Fiat aqui em Minas? O que será dela?

A Fiat aqui é uma unidade muito importante da organização Fiat no mundo. Creio que, em caso de uma fusão, essa unidade continuará tendo um função relevante na escala mundial de produção. Outro ponto favorável para Minas é que a montadora tem aqui um custo de produção menor que suas competidoras locais(brasileiras). "Por quê?" Mão de obra mais barata que em outros estados. Assim, creio, deverá ser do interesse manter a companhia em nosso estado, até porque, salvo engano, o parque industrial da Fiat em Minas já é o1º ou 2° maior do mundo. A logística de produção com os fornecedores em torno da montadora, é outro fator de competitividade.

Apesar do leitor não ter me indagado sobre os parceiros potenciais da Fiat eles são Toyota, GM, Volkswagen, Ford e Renault-Nissan - como mostra a reportagem da Vejaonline.

De resto, veja essa fala do executivo:

"A Fiat está olhando para este (novo) mundo e dizendo que será uma empresa marginal se não agir", acrescentou. "Eu não posso continuar trabalhando com carros sozinho. Eu preciso de uma máquina muito maior para me ajudar. Eu preciso de uma máquina compartilhada."
Finalmente, vejo essa atitude da empresa como muito positiva e rápida. A mensagem abaixo é uma boa reflexão para o caso em questão:

CORAGEM
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê a sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar. Coragem!!!
Avance firme e torne-se Oceano!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Leonardo, sinto-me honrado por você ter utilizado meu comentário sobre a Fiat em seu post. Confesso que utilizo o seu blog como a minha principal fonte de informação política. Sem querer desmerecer o blog do Reinaldo Azevedo, é claro, o seu, para mim, é melhor porque aborda assuntos mais próximos de nós mineiros. No mais continue assim. Abraços.