sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O EXEMPLO

(Leia primeiro o post abaixo)
Sim, os méritos de ter enquadrado a Polícia Federal dentro dos parâmetros legais do estado de direito são do Presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. A pesquisa CNT/Sensus, mostrou que 23% desconfiam da atuação da Polícia Federal, esse dado tem o seu lado positivo, por mostrar que a sociedade está, hoje, vigilante em relação a instituição. Como vinha acontecendo atuação da polícia não podia continuar. E, Gilmar Mendes, com a coragem que lhe é peculiar expor as coisas, fazendo a sociedade despertar para o risco em curso. Além, de agir através do CNJ, que restringiu o uso de nome nas ações da PF. Sua ação deu força interna a quem queria uma policia forte e sem partidarismo.

Creio que os setores da PF formado por gente séria também não estavam gostando nem um pouco do que vinha ocorrendo. Devem estar agora satisfeitos com o processo de retoma aos marcos legal. Polícia não deve valer como espetáculo, como vinha acontecendo. Seu valor e a sua força estão em ela ser um órgão de estado, a serviço da sociedade. Portanto, acredito que havendo continuidade de uma atuação legal, ocorrerá uma reconquista de maior respeito junto a sociedade. Um respeito duradouro, que venha pelo reconhecimento por sua atuação eficiente e eficaz, não pela ação espetaculosa de cunho político-partidária, feita para torcida.

É verdade, podem dizer que não me canso de tratar aqui de Gilmar Mendes, mas, o fato é que sua atuação nestes 8 meses a frente do Supremo alterou muita coisa no país. Mostrou que Lula não é intocável, que dele se devem exigir explicações, cobrar responsabilidades pelos erros de sua equipe. Aliás, Gilmar Mendes, revelou na entrevista ao Roda Viva sua conversa com Lula sobre a ABIN, e fala do presidente sobre o ex-chefe do órgão Paulo Lacerda. Algo que não chamou à atenção da imprensa, mas deve ter chamado, bastante, a atenção de Lacerda.

O ministro Gilmar Mendes ao agir com tal firmeza está dando uma lição na oposição, que tem se dobrado a popularidade de Lula e deixando de lhe cobrar as responsabilidades. Se a oposição estivesse, dentro do seu exercício democrático de direito, fazendo o mesmo, o Sr. Lula não estava nadando de braçada em popularidade, diante de tantas mazelas e deterioração do estado direito patrocinadas pelo petismo.

A oposição pode e tem a obrigação de mudar sua atuação. No exemplo de Gilmar Mendes, ela deve se inspirar para forjar um novo relacionamento com Luiz Inácio Lula da Silva.

Um comentário:

Anônimo disse...

STF e não STJ.