Por Tom Parfitt e Julian Borger, no Estadão:
A Rússia lançou um novo desafio ao presidente eleito dos EUA, Barack Obama, ao anunciar nesta semana um plano de aumentar a produção de mísseis nucleares estratégicos. Na última de uma série de medidas belicosas do Kremlin, Vladislav Putilin, da comissão militar-industrial do Gabinete russo, disse que as forças do país encomendariam 70 mísseis estratégicos nos próximos três anos, como parte de um programa maciço de rearmamento que incluirá também mísseis de curto alcance, 300 tanques, 14 navios de guerra e 50 aviões.
Especialistas em assuntos militares disseram que o novo arsenal consistiria presumivelmente de mísseis balísticos intercontinentais com base terrestre (ICBMs), em vez de mísseis lançados de submarinos. Se isso se confirmar, os planos representam um aumento de quatro vezes na taxa de posicionamento desses mísseis intercontinentais. O arsenal incluirá um míssil de ogivas múltiplas de nova geração RS-24. Ele foi testado pela primeira vez em 2007, quando o vice-primeiro-ministro Serguei Ivanov alardeou que ele era "capaz de vencer qualquer sistema de defesa de mísseis existente ou futuro".
Os novos mísseis farão parte de um pacote de Defesa de US$ 140 bilhões para o período de 2009 a 2011, um aumento de 28% em gastos com armamentos, segundo Putilin. Também estão previstos novos aumentos nos dois anos seguintes.
As novas aquisições militares ocorrem na esteira da guerra na Geórgia, em agosto. A Rússia expulsou facilmente as tropas georgianas, mas o conflito expôs fraquezas no Exército do país, incluindo equipamentos obsoletos e estruturas de comando mal coordenadas. O Ministério da Defesa declarou que faria reformas drásticas, transformando o Exército numa força mais moderna. Leia mais
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