sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Serra exalta coragem de Gilmar Mendes em decisões históricas

Folha Online:
Em evento promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta sexta-feira para homenagear o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, o governador José Serra não poupou elogios ao ministro. Entre as qualidades atribuídas a Mendes, Serra fez questão de enfatizar a coragem.
Sem citar diretamente o caso Daniel Dantas, em que Mendes foi alvo de críticas por conceder, por duas vezes, liberdade ao banqueiro após ele ter sido preso, o governador afirmou que o ministro do Supremo não tolera "abuso de autoridades".
"[A coragem] ficou muito clara a todo o país na sua defesa das normas do Estado democrático de direito a todos, independentemente da condição social da pessoa. [...] Não tem tolerado abusos de nenhum tipo de autoridade, seja juiz, seja promotor, seja policial", afirmou o governador durante seu discurso.
Pouco antes, após receber a Ordem do Mérito Industrial de São Paulo, Mendes citou ações tomadas durante sua presidência no Supremo que aumentaram a eficácia do judiciário, como a adoção da súmula vinculante e da repercussão geral nos julgamentos. "A súmula sobre as algemas encerrou aquele quadro que eu chamava de 'espetacularização'", exemplificou Mendes.
Lembrando que o ministro está no posto há apenas oito meses, Serra também enumerou casos históricos julgados durante a "gestão Mendes" no Supremo, como a demarcação da reserva indígena Raposo/Serra do Sol (RR), a liberação das pesquisas com células-tronco, a proibição do nepotismo nos três poderes, entre outros.
A única crítica feita por Serra a Mendes ficou por conta da escolha do time de futebol. O governador paulista disse não entender como um mato-grossense de Diamantino --cidade onde Mendes nasceu-- torça para o Santos. "Mesmo em São Paulo teria opções melhores", afirmou Serra, que é palmeirense.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bem, esse posicionamento do ministro, opondo-se sistematicamente ao abuso de poder, ao autoritarismo, de fato o engrandece e renova as esperanças de que nem tudo está perdido.