De O Tempo:
Lacerda quer sair do gabinete. Nesta entrevista ao Jornal O TEMPO, Marcio Lacerda fala sobre suas prioridades para Belo Horizonte. O prefeito defende o desenvolvimento integrado com a região metropolitana, diz estar confortável à frente da gestão municipal e conta por que vai reivindicar anistia política.
Planejamento
Desde junho, fiquei estudando Belo Horizonte. E não era campanha ainda. Foi uma rotina de aprendizado. Nesse momento, passamos pelo programa de governo, com 12 áreas de atuação, com 176 propostas e, na fase de transição, pegamos as propostas e colocamos em cronogramas. Já chego entregando para cada um (secretários) o seu mapa básico. Vamos começar a fazer uma coisa que gosto muito, que é planejamento. E para os próximos 20 anos. Queremos até o dia 15 ter o plano de 180 dias, e que terão reflexos depois. Faremos detalhamento para os próximos quatro anos agora.
RMBH
Para fazer o planejamento de Belo Horizonte, temos que conversar com as cidades vizinhas. E isso é um desafio muito grande. Mas esse é um momento propício porque todas as cidades estão fazendo seus planos pelo menos para os próximos quatro anos. Agora vão implementar a Agência Metropolitana, que é um braço de operacional mais eficaz. Mas queremos, em paralelo com isso, montar grupos temáticos até meados de junho, para ordenar saúde, transporte, segurança, meio ambiente. E já implementando ações que não dependam do governo do Estado na Assembléia Legislativa.
Legislativo
A expectativa é muito boa, são jovens que estão querendo fazer um bom trabalho. E mesmo no grupo mais antigo, tem pessoas bem intencionadas. A Câmara é palco de um jogo de interesses empresariais, setoriais e isso faz parte da democracia. Tenho procurado ter contato com todos os vereadores, a maioria individualmente. Quero estar disponível para receber os vereadores, mas nunca fazer o jogo de ‘toma lá dá cá’. Vou procurar sempre associar o vereador aos planos da prefeitura e de uma forma transparente. Só o fato de estar disponível, e isso é do meu estilo, já considero um avanço. Pretendo ter uma relação pessoal e trabalhar com convencimento democrático.
Conselhos
Várias áreas que não têm conselho, como esporte. Vamos criar esses conselhos para as áreas que não estão sendo atendidas. Informalmente, tem vários, mas vamos nos reunir uma vez por mês, para trocar idéias. Precisamos abrir esses canais. Acho que todo administrador tem que trabalhar com pesquisa de opinião. Uma pessoa te abre os olhos para algo que ninguém está vendo. As questões regionais e temáticas têm que ter essas conversas. O prefeito não pode ficar no gabinete. A gente tem que sair, participar e saber o que as pessoas demandam.
Atendimento
Acho que o serviço que a prefeitura tem que prestar tem que ter qualidade e velocidade. A gente vê muitas reclamações. Eu acho que tem muita demanda em áreas que demoram a ser atendidas e são urgentes. Até o fim de março, será inaugurado o centro de atendimento ao cidadão com 500 funcionários em dois turnos para qualquer serviço a ser prestado. Quero na linha de frente pessoas bem qualificadas para evitar as filas e solucionar os problemas.
Mudança
Não houve um contraste tão grande. Até porque já tive experiência na vida pública em Brasília e no governo estadual. A diferença agora é que sou um servidor eleito. Você tem a pessoa física e tem o personagem, que foi construído na campanha eleitoral. Não podemos ser iludidos por essa questão de ser reconhecido. Isso aumenta a responsabilidade. Não tenho essa dificuldade. Gosto muito de trabalhar e tenho facilidade em ouvir críticas e sugestões, além de opiniões contrárias às minhas. Gosto de liderar pessoas e dar oportunidades. Estou como um peixe na água.
Pimentel
Falei para ele (Fernando Pimentel), pensando em você no dia 2: na hora em que levantar, não vai mais pegar o carro para a prefeitura. Mas a vida é isso mesmo. Ele não vai deixar de ser um conselheiro informal. Conversei muito com ele nos dias passados e ele está bem. O que acho mais interessante para ele é a Secretaria de Desenvolvimento Econômico em Brasília. Ele tem currículo para assumir.
Anistia
Outro dia me convenceram em uma reunião aqui, de montagem de secretariado. Mesmo não pedindo indenização, que eu entrasse com o pedido no Ministério da Justiça. Então, vou arranjar advogado porque dá trabalho, muita papelada. O Pimentel ainda não entrou com pedido. Na realidade, é um fato político, porque na vida pessoal não afeta em nada. Até poderia pedir indenização porque tenho documentos que provam que fui impedido de trabalhar. Fui prejudicado financeiramente e poderia falar de números significativos, mas não preciso disso. É conseguir um reconhecimento oficial de anistiado.
Espelho
Nunca pensei em quem me espelhar. Gosto muito de ler biografias. E gosto de história. Ao ler, me espelho nos bons exemplos. Estou na fase da minha vida em que me realizei como empresário, como pai de família, pratico esportes que gosto e conheci boa parte do mundo e tenho independência financeira. Meu projeto de vida nesse momento é fazer um bom trabalho em Belo Horizonte.
Lacerda quer sair do gabinete. Nesta entrevista ao Jornal O TEMPO, Marcio Lacerda fala sobre suas prioridades para Belo Horizonte. O prefeito defende o desenvolvimento integrado com a região metropolitana, diz estar confortável à frente da gestão municipal e conta por que vai reivindicar anistia política.
Planejamento
Desde junho, fiquei estudando Belo Horizonte. E não era campanha ainda. Foi uma rotina de aprendizado. Nesse momento, passamos pelo programa de governo, com 12 áreas de atuação, com 176 propostas e, na fase de transição, pegamos as propostas e colocamos em cronogramas. Já chego entregando para cada um (secretários) o seu mapa básico. Vamos começar a fazer uma coisa que gosto muito, que é planejamento. E para os próximos 20 anos. Queremos até o dia 15 ter o plano de 180 dias, e que terão reflexos depois. Faremos detalhamento para os próximos quatro anos agora.
RMBH
Para fazer o planejamento de Belo Horizonte, temos que conversar com as cidades vizinhas. E isso é um desafio muito grande. Mas esse é um momento propício porque todas as cidades estão fazendo seus planos pelo menos para os próximos quatro anos. Agora vão implementar a Agência Metropolitana, que é um braço de operacional mais eficaz. Mas queremos, em paralelo com isso, montar grupos temáticos até meados de junho, para ordenar saúde, transporte, segurança, meio ambiente. E já implementando ações que não dependam do governo do Estado na Assembléia Legislativa.
Legislativo
A expectativa é muito boa, são jovens que estão querendo fazer um bom trabalho. E mesmo no grupo mais antigo, tem pessoas bem intencionadas. A Câmara é palco de um jogo de interesses empresariais, setoriais e isso faz parte da democracia. Tenho procurado ter contato com todos os vereadores, a maioria individualmente. Quero estar disponível para receber os vereadores, mas nunca fazer o jogo de ‘toma lá dá cá’. Vou procurar sempre associar o vereador aos planos da prefeitura e de uma forma transparente. Só o fato de estar disponível, e isso é do meu estilo, já considero um avanço. Pretendo ter uma relação pessoal e trabalhar com convencimento democrático.
Conselhos
Várias áreas que não têm conselho, como esporte. Vamos criar esses conselhos para as áreas que não estão sendo atendidas. Informalmente, tem vários, mas vamos nos reunir uma vez por mês, para trocar idéias. Precisamos abrir esses canais. Acho que todo administrador tem que trabalhar com pesquisa de opinião. Uma pessoa te abre os olhos para algo que ninguém está vendo. As questões regionais e temáticas têm que ter essas conversas. O prefeito não pode ficar no gabinete. A gente tem que sair, participar e saber o que as pessoas demandam.
Atendimento
Acho que o serviço que a prefeitura tem que prestar tem que ter qualidade e velocidade. A gente vê muitas reclamações. Eu acho que tem muita demanda em áreas que demoram a ser atendidas e são urgentes. Até o fim de março, será inaugurado o centro de atendimento ao cidadão com 500 funcionários em dois turnos para qualquer serviço a ser prestado. Quero na linha de frente pessoas bem qualificadas para evitar as filas e solucionar os problemas.
Mudança
Não houve um contraste tão grande. Até porque já tive experiência na vida pública em Brasília e no governo estadual. A diferença agora é que sou um servidor eleito. Você tem a pessoa física e tem o personagem, que foi construído na campanha eleitoral. Não podemos ser iludidos por essa questão de ser reconhecido. Isso aumenta a responsabilidade. Não tenho essa dificuldade. Gosto muito de trabalhar e tenho facilidade em ouvir críticas e sugestões, além de opiniões contrárias às minhas. Gosto de liderar pessoas e dar oportunidades. Estou como um peixe na água.
Pimentel
Falei para ele (Fernando Pimentel), pensando em você no dia 2: na hora em que levantar, não vai mais pegar o carro para a prefeitura. Mas a vida é isso mesmo. Ele não vai deixar de ser um conselheiro informal. Conversei muito com ele nos dias passados e ele está bem. O que acho mais interessante para ele é a Secretaria de Desenvolvimento Econômico em Brasília. Ele tem currículo para assumir.
Anistia
Outro dia me convenceram em uma reunião aqui, de montagem de secretariado. Mesmo não pedindo indenização, que eu entrasse com o pedido no Ministério da Justiça. Então, vou arranjar advogado porque dá trabalho, muita papelada. O Pimentel ainda não entrou com pedido. Na realidade, é um fato político, porque na vida pessoal não afeta em nada. Até poderia pedir indenização porque tenho documentos que provam que fui impedido de trabalhar. Fui prejudicado financeiramente e poderia falar de números significativos, mas não preciso disso. É conseguir um reconhecimento oficial de anistiado.
Espelho
Nunca pensei em quem me espelhar. Gosto muito de ler biografias. E gosto de história. Ao ler, me espelho nos bons exemplos. Estou na fase da minha vida em que me realizei como empresário, como pai de família, pratico esportes que gosto e conheci boa parte do mundo e tenho independência financeira. Meu projeto de vida nesse momento é fazer um bom trabalho em Belo Horizonte.
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