Por Reinaldo Azevedo:
Xiii... Patrulha supostamente feminista pra cima de mim? Não funciona! Nenhuma patrulha é bem-sucedida por aqui, seja de petralhas, gays, mulheres, amantes de comida japonesa ou admiradores do Bolero, de Ravel, a pior música jamais criada depois da britadeira. Sempre que sou patrulhado, fico pensando em diatribes novas, hehe..., que alguns tomam como insultos.
Por que isso? Porque comentei a plástica de Dilma e falei das “Meninas do Brasil” — ou “Meninas do PT”, estas senhoras que acabam ficando todas com a mesma cara. Marta, Marisa e agora Dilma... Parecem todas saídas da mesma fôrma. A propósito: segundo o novo acordo ortográfico, este circunflexo seria opcional. Mas eu quero o “o” fechado, não o aberto, porque quero dizer “fôrma”, não “forma”. Sem ele, na expressão em questão, seria preciso uma nota explicativa para o leitor. Opcional uma pinóia! Com os diabos a plástica que fizeram na língua! Piorou a cara da inculta e bela! Mas volto à outra.
Nem falei tudo o que pensei sobre a plástica de Dilma. Tenho uma questão de natureza técnica — talvez algum médico possa dar uma explicação. Por que a cicatriz da fissura labial desaparece quase sempre quando se fazem essas intervenções cirúrgicas? Seria uma conseqüência da versão malsucedida dos lábios à moda Angelina Jolie? Vejam uma foto da atriz: encimando aqueles "beições-como-sou-gostosa”, há, até bastante pronunciada, a tal fenda. Eu a considero essencial. Todos os mamíferos, com as prováveis exceções do ornitorrinco e da equidna (mas não estou bem certo disso) têm cicatriz da fissura labial. Por que Marta Suplicy, Marisa Letícia, Dilma Rousseff e as emergentes da Barra da Tijuca não teriam? Pô, fora do universo puramente metafórico, elas não são, assim, um ornitorrinco...
Noto também que o cirurgião plástico resolveu facilitar um tanto a vida de Dilma caso ela realmente venha a se candidatar à Presidência. Seu antigo ar sisudo foi substituído por uma boca que lhe emprestou um certo ar de sorriso permanente. Assim, Dilma nem precisa achar a gente tão engraçado ou agradável para fingir conforto ou contentamento.
Ah, tenham paciência! No que concerne ao indivíduo Dilma, ela que faça quantas alterações quiser no rosto. É dela. Por mim, se decidir ser uma espécie de “work in progress”, não tou nem aí. “Ah, não gosto de orelhas, vou tirá-las”. Adiante! Eu escrevi foi sobre a personalidade pública, que decide refazer o rosto para concorrer às eleições. Ora, todo político força um tanto a mão para parecer o que não é. Ganha a disputa quem consegue atrair a confiança dos indiferentes para a sua representação. A política comporta mesmo fingimento. E notem: é parte do jogo. Sem ela, teríamos a ditadura dos homens virtuosos. E terminaríamos todos no paredão...
Nos dias correntes, no entanto, esse necessário fingimento, que é parte da boa hipocrisia democrática, deslocou-se para uma espécie de palco. A representação necessária cedeu lugar à pantomima. Dilma, com efeito, se preparou para a disputa eleitoral como a protagonista se prepara para a novela das oito.
2 comentários:
É preciso admitir. A dilma melhorou muito depois que operou a fimose.
Cara, você leu isso depois de escrever?
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