Por Gustavo Chacra, Estadão:
O Exército de Israel dividiu a Faixa de Gaza em duas partes e cercou a principal cidade do território no nono dia de uma ofensiva contra o território que já deixou mais de 500 palestinos mortos, entre eles 87 crianças, e mais de 2 mil feridos. Um soldado israelense morreu ontem no segundo dia da ofensiva por terra, somando-se às outras quatro vítimas israelenses desde o início dos combates.
O Exército de Israel dividiu a Faixa de Gaza em duas partes e cercou a principal cidade do território no nono dia de uma ofensiva contra o território que já deixou mais de 500 palestinos mortos, entre eles 87 crianças, e mais de 2 mil feridos. Um soldado israelense morreu ontem no segundo dia da ofensiva por terra, somando-se às outras quatro vítimas israelenses desde o início dos combates.
Em uma nova fase do conflito, após ataques aéreos, terrestres e marítimos de fora da Faixa da Gaza, soldados israelenses e militantes do Hamas estão combatendo frente a frente no que pode elevar o número de baixas dos dois lados, especialmente no de Israel.
A pressão diplomática para um cessar-fogo deve crescer ainda mais nos próximos dias, com protestos ao redor do mundo. Na noite de ontem, o Hamas anunciou que aceitou um convite do Egito para enviar uma delegação ao país para discutir a crise.
Em Israel, caso aumente o total de vítimas israelenses, analistas preveem que a opinião pública, atualmente a favor da guerra, possa começar a se opor, assim como ocorreu na guerra de 2006 no Líbano contra o grupo xiita Hezbollah.
Israel nega que queira reocupar Gaza, de onde se retirou em meados de 2005, apesar de manter o controle aéreo, marítimo e fronteiriço do território.
O objetivo declarado dos israelenses é eliminar a capacidade do Hamas de lançar foguetes contra o sul de Israel. Mas, apesar da ofensiva, dezenas de foguetes do grupo palestino atingiram ontem cidades israelenses como Ashkelon e Sderot, sem deixar vítimas.
Os israelenses querem principalmente um cessar-fogo diferente do status quo anterior, com garantias de maior segurança na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, onde o Hamas construiu túneis por onde se rearma.
"Não pretendemos ocupar Gaza, tampouco acabar com o Hamas. Queremos acabar com o terror. E o Hamas precisa de uma lição. Acho que eles entenderam isso", disse o presidente de Israel, Shimon Peres.
Nos ataques de ontem, o Exército de Israel matou 42 palestinos, a maior parte civil. Uma mãe e quatro filhos estão entre os mortos. O ataque mais grave foi contra uma área comercial de Gaza. Continue lendo, clique aqui
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