Por THIAGO FARIA, na Folha Online:
O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, afirmou nesta quarta-feira ver como ponto importante da operação da Polícia Civil que desbaratou um esquema de grampos clandestinos a forma como ela foi conduzida. Nove pessoas foram presas hoje pelo suposto envolvimento no esquema investigado na operação, batizada de Spy 2. Segundo a polícia, outras 11 também estão envolvidas.
De acordo com Marzagão, tanto a investigação como a execução das prisões seguiu os "ditames" legais e também o que determina o STF (Supremo Tribunal Federal). "Essa operação foi importante não só no seu conteúdo, mas como também na forma de execução, que foi executada dentro dos ditames legais e dentro do que o STF (Supremo Tribunal Federal) tem entendido que deva ser o norte das operações policiais", disse o secretário.
07.jan.07/Folha Imagem
Marzagão ressalta "legalidade" da operação da Polícia Civil contra grampos clandestinos
Mesmo sem citar outras operações policiais como exemplo, a afirmação do secretário rebate críticas recebidas pela Polícia Federal durante a Operação Satiagraha, que investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.
Na ocasião, o vazamento de informações, a colaboração de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e supostos grampos telefônicos sem autorização judicial durante as investigações viraram alvo de inquérito na Justiça Federal de São Paulo.
Segundo assessores de Marzagão, o secretário fez questão de acompanhar de perto o resultado da operação da Polícia Civil. Ele participou, inclusive, da entrevista coletiva do delegado responsável pelas investigações na tarde de hoje.
Outra preocupação do secretário, segundo assessores, foi garantir que os policiais usassem algemas apenas se os suspeitos apresentassem algum tipo de resistência, o que não teria ocorrido.
A exposição desnecessária dos envolvidos na operação Satiagraha foi outro dos motivos de críticas à PF. "Acho fundamental que essa operação tenha os resultados que teve porque é fundamental que respeitemos, no Brasil, o direito a intimidade e o sigilo das comunicações", afirmou Marzagão. Continue lendo
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