Por JOSÉ ALBERTO BOMBIGDA, na Folha:
Após um evento que reuniu cerca de 400 prefeitos paulistas e que foi classificado por ele mesmo como "um balanço da gestão", o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem não concordar com a concessão pelo governo brasileiro de refúgio a Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos entre 1978 e 1979.
"Eu não conheço detalhes. Em princípio, não estou de acordo, pelos antecedentes que vi na imprensa. Não olhei os processos, mas me parece um exagero o asilo dado", afirmou o governador, que foi exilado político na Bolívia, Uruguai e Chile durante os anos 60, por conta da ditadura militar no Brasil (1964-1985).
Cesare Battisti fugiu da França para o Brasil em 2004, depois de o governo de Jacques Chirac retirar a proteção que lhe era dada durante a administração de François Mitterrand.
Rodovias
Serra, nome considerado como um dos possíveis sucessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou oficialmente aos prefeitos do Estado -São Paulo tem 645 municípios- investimentos de R$ 3,9 bilhões para a recuperação e pavimentação de vicinais.
A maioria dos prefeitos presentes eram de partidos que apoiam o tucano -PMDB, DEM, PPS, PTB e PP, além do PSDB. Segundo o Palácio dos Bandeirantes, seis prefeitos do PT também estiveram presentes. O programa é considerado de alta capilaridade eleitoral.
"Se eu fosse largar a vida pública em 2010, faria a mesma coisa [o programa das estradas]. Se fosse concorrer à reeleição, também. Se fosse candidato a presidente, nós estaríamos do mesmo jeito", disse ele, que arrancou gritos da plateia.
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