Do O Tempo:
Sete servidores de terceirizadas foram exonerados por causa de nepotismo
Brasília. A "faxina" no confuso organograma do Senado continuou nessa quinta-feira. O primeiro secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI) anunciou a convocação de 60 concursados para substituir terceirizados no setor de Comunicação da Casa. Desse grupo, 30 foram convocados ontem e outros 30, na próxima quarta-feira.
Na Comunicação do Senado, foi encontrado o maior número de diretores. Dez terceirizados já foram afastados, mas por nepotismo. Outros cortes devem ser feitos, mas nas diretorias ainda deve levar pelo menos um mês.
Heráclito disse que a medida tem como objetivo enxugar o quadro administrativo do Senado dentro da "limpeza" anunciada pelo presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). "Queremos diminuir os exageros nas despesas do Senado", afirmou.
O senador explicou, porém, que os terceirizados não serão demitidos de imediato, uma vez que os concursados vão cumprir um "prazo de adaptação" na instituição.
Outra medida adotada ontem foi a exoneração de sete funcionários de empresas que prestam serviços terceirizados ao Senado. Todos eles têm parentesco com servidores da Casa. Existem hoje 12 empresas que prestam serviços para o Senado e empregam 3,4 mil terceirizados.
"Até agora encontramos só esses sete terceirizados parentes de funcionários do Senado", afirmou o primeiro secretário do Senado.
Os funcionários perderam suas funções depois da denúncia de que diretores do Senado empregavam parentes em empresas terceirizadas do Senado. A contratação seria uma estratégia para burlar a lei antinepotismo, fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado, que proíbe a contratação de parentes de servidores nos três poderes.
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