1ª Parte: Conceitual:
Comportamentos são manifestações das nossas crenças.
É preciso entender que comportamentos são manifestações das coisas que acreditamos. Se não fosse assim nenhum de nós comeria, beberia ou fumar coisas que sabemos serem prejudiciais à saúde. Ao contrário, nossas crenças estimulam nosso consumo. Acreditamos que "isso não acontecerá comigo. Acreditamos que "isso não acontecerá comigo" ou "essas regras são para os outros, não para mim".
Um dos projetos científicos mais influentes sobre o comportamento foi o estudo das emoções de pessoas normais, realizado pelo Dr. Marsden e publicado em 1928. O Dr. Marsden reportou que nossos comportamentos estavam baseados em nossas percepções e crenças sobre nós mesmos em relação às percepções e crenças do nosso meio ambiente. Precisamos consertar o mundo, ou está tudo bem assim? Temos o poder de influenciar o meio ambiente/sociedade? Somos mais ou menos poderosos do que o meio ambiente/sociedade?
Note que estas percepções e crenças são apenas isso - percepções e crenças. Elas não têm de ser verdadeiras. Podemos estar alegremente otimistas em relação a algo, completamente cegos para o perigo, ou podemos estar completamente iludidos em relação a algo. A realidade não está garantida quando lidamos como o mundo através de nossas percepções e crenças.
Crenças estão baseadas no acúmulo de nossas experiências
Crenças limitam comportamentos, e nossas "verdades básicas" devem incluir em sua lista que crenças estão baseadas no acúmolo de nossas esperiências. Pior ainda, crenças estão baseadas nas nossas percepções sobre experiências acumuladas. Todos filtramos e influenciamos informações, para lembrar coisas de forma confortável. Todos, inconscientemente ou não, apagamos, distorcemos e/ou generalizamos informações, de forma que se encaixem nas coisas que acreditamos - sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo.
Muitas dessas crenças limitantes estão baseadas em poderosas experiências históricas e em outras crenças que dizem "O futuro será como o passado". De alguma forma, as pessoas imaginam que a história seja indefinidamente repetida, até que alguma coisa aconteça e interrompa esse ciclo.
2ª Parte - O conteúdo:
Eu fiz questão de toda essa parte conceitual para facilitar o entendimento do, amigo leitor, sobre o que eu falo a respeito de visões e valores do governo Maroca.
Avancemos: hoje conheci Ronaldo Andrade. Falo, sim, do presidente do Saae, tive a oportunidade de conhecê-lo hoje no evento promovido pela Câmara sobre "Água e Saneamento", tempo suficiente para perceber algumas qualidades do homem como a sua seriedade, dedicação, iniciativa em sua ação na autarquia municipal de água.
Dialogamos em dois momentos, um, mais formal, quando tive meus cinco minutinhos para expor as ideias sobre Saneamento, aproveitei para lhe fazer alguns questionamentos, e outro momento no final do evento quando conversamos informalmente. Ele me contou que é leitor do blog e até me fez um pedido para não pegar, assim, tão pesado porque todos queremos a mesma coisa, referindo-se certamente ao bem coletivo e da cidade. Concordo totalmente com ele sobre o interesse comum, quanto ao outro ponto ele me dá uma excelente chance para esclarecer meu posicionamento a respeito desse governo. Vamos lá.
E começo dizendo o seguinte: se alguém pensar em ter minha colaboração para derrubar, desestabilizar, atrapalhar esse governo ou qualquer governo pode tirar o cavalo, o boi e manada toda da chuva, que comigo não contarão. Sou antes de tudo um democrata por convicção. Meu ferrenho combate e a luta que empreendo tem outro objetivo: transformar a visão dessa gente, ajudando-os a serem aqui em Sete Lagoas o que é o PSDB que eu conheço em outros lugares: como em São Paulo com Serra, no estado com Aécio, em Curitita com Beto Richa e tantos outros lugares que PSDB trabalha bem e tem gente bacana que está contribuindo para melhorar o país. Fechando esse parágrafo: na minha ação oposicionista tem firmeza; nunca terá golpismo.
Por outro lado, o senhor Ronaldo Andrade pode ter certeza de uma coisa, não arredo um milimetro de minha atitude política-democrática porque estou convicto de agir, na oposição, com o mesmo propósito com que ele age enquanto situação. Buscando bem comum. Sim!, senhor Ronaldo, queremos a mesma coisa que é o bem da cidade. O que faço é para tentar mudar certas crenças do staf de seu governo para que eles percebam a oportunidade que tem nas mãos e parem de fazer tanta bobagem, agindo com mais grandeza e sem a pequenez dos mesquinhos, egoístas e covardes, como fica revelado no conjunto da obra que se revelou até agora. E não é preciso acreditar em mim não, as desculpas pedidas, hoje, pelo prefeito é a prova cabal do que eu digo. Espero que seja o começo de uma tomada de consciência profunda.
Sim, eu quero que o governo ao qual o senhor faz parte esteja a altura de seu tempo e estamos em 2009 e não em 1980, 1970, 1960 ou 1950, do contrário o temor do fracasso com um governo saudosista que está registrado nesse blog acaba se cumprindo. E Maroca entra para a história como o prefeito que perdeu uma grande chance de fazer a diferença e o homem que revitalizou o mais nefasto populismo que eu e o senhor queremos morto e enterrado, não é mesmo?
E aqui vai um exemplo da visão equivocada que resulta na falta de sintonia com a realidade e consequente falta de senso com as prioridades emergências da população. O mundo, e Sete Lagoas em particular, vive uma crise de proporções e consequências inéditas que está, acredite, ainda no começo. Mais: nossa cidade em particular foi a que mais entre todos os municípios de Minas sofreu com mortandade de empregos. Assim, claro a prioridade número um é agir rápido e emergencialmente para enfrentá-la com toda força que tivermos. Entretanto, essa é atitude do nosso prefeito?
NÃO! NÃO! E NÃO! Sua prioridade continua sendo a que era antes de ele se tornar prefeito da cidade de Sete Lagoas: revitalizar a sua saudosa Praça de Esportes - fazer um Up grade no ginásio de esportes - e conseguir montar o Time de volei de Sete Lagoas como o de Betim. Como eu sei disso? Maroca me contou este desejo em 31/05/07, ainda quando eu era o secretário do PSDB local e ele o presidente do partido. Ele levar esse sonho a cabo é ruim? A pergunta é: essa é a prioridade na situação em que estamos? Realizar esse sonho é bom! Agora, não.
Reparem isso: nesta quinta-feira, o que vimos foi toda cúpula do governo no Ginásio de Esportes vistoriando junto com o Senhor Alberto Mediole o ginásio para ser reformado ou coisa do tipo. Qual objetivo: realizar o sonho de Maroca. "Mas Leonardo o que tem de errado nisso, ainda mais sendo uma parceria com a iniciativa privada?" Vejam. Nesse momento até mesmo uma ação de responsabilidade social da iniciativa privada em favor do município deveria ser dirigida aos desempregados. Mas, falta sintonia do prefeito com a realidade dramática com que vive os desempregados de Sete Lagoas, que se veem em uma situação absoluta apreensão porque o seguro-desemprego está acabando e o antigo posto de trabalho não existirá mais. Pior, esse pai de família não possui outra qualificação. Dessa forma é o momento, por exemplo, de empreender um esforço para buscar recursos e requalificar esse pessoal urgentemente.
Esse dinheiro do ginásio poderia ser usado para criar um Mutirão Profissional habilitando esses profissionais para atender os requisitos das novas empresas que estão chegando. Uma forma de ajudar essas pessoas e contribuir para acelerar o processo de transição e diversificação da economia da cidade, que, apesar da profunda crise e por sorte há um processo de instalação de empresas. Uma iniciativa que poderia ser articulada, ainda, com outros atores: como governo do estado, Unifemm... Mas né, cadê a visão? Onde tá o senso de urgência e de prioridade correta? Como não tem, só se faz besteira. Ah, depois é só pedir desculpas. Não é, não.
Que se Note: não ter esse tipo de atitude para fazer o que tem que ser feito prioritariamente tem alguma coisa haver com falta de Transição? Claro que não. O que falta não é transição é visão de respeito ao outro ser humano. Tem que parar de olhar para o próprio umbigo.
Bem, às vezes a melhor forma de colaborar para acordar alguém para um problema é fazendo uma comparação com o que acontece em outro lugar. Assim, eu vou colocar abaixo uma notícia desta sexta-feira que saiu no jornal O Tempo sobre o prefeito Márcio Lacerda, que também erra como ocorreu com o problema falta de pagamento ao SAMU que parou o atendimento. O diferente que ele faz e serve como uma luz que poderia ajudar a administração do Maroca é que ele tem a sintonia com a realidade e sensibilidade social que falta ao prefeito Maroca. Vejam:
3ª Parte - Complemento:
Uma agenda de candidato. Não é campanha eleitoral, mas a agenda de Márcio Lacerda (PSB) ontem parecia com a de um candidato. Ele fez uma peregrinação por bairros da região Nordeste. Visitou escolas, parques e conjuntos habitacionais, a maioria em regiões carentes. O prefeito deu início à agenda às 8h e finalizou o trabalho às 17h. Segundo ele, a prefeitura tem ações que devem ser desenvolvidas na periferia.
Voltei. Procuro acompanhar o que acontece na gestão Márcio Lacerda, Belo Horizonte e o que vai acima nesse pequeno fragmento de matéria é só uma mostra do rítmo frenético desse homem-ação. E essa é a diferença de um prefeito sintonizado com a sua realidade, com o seu tempo e com bem-estar da sua população e não do seu grupo. É preciso mudar a Visão e as crenças.
Um comentário:
Very nicce!
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