Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo, leiam comento abaixo:
Quando um adulto analfabeto aprende a ler e a escrever, a sua renda aumenta em 9,3%. E, se for uma mulher, esse retorno no salário é ainda maior: 16,6%. Os dados fazem parte de uma pesquisa recém-concluída do Centro de Microeconomia Aplicada da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo. A diferença entre os ganhos obtidos por um homem e uma mulher pode estar no tipo de trabalho desenvolvido.
"Uma possível especulação é que, em geral, os homens analfabetos trabalham em setores manuais, como na construção civil, onde o ganho com a alfabetização não será muito grande. No caso das mulheres, o aumento é maior porque, se ela trabalha como empregada doméstica, a capacidade de leitura será importante e a valorizará", afirma Vladimir Ponczek, coautor do estudo.
O trabalho aponta ainda que, quanto mais velho for o indivíduo, mais acentuada fica essa diferença em relação ao gênero. Em geral, o aumento salarial para pessoas de 46 a 60 anos é de 13%, enquanto para as mulheres nessa faixa etária, o retorno financeiro é de 24,3%.
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"A pesquisa mostra algo muito importante, que é a necessidade de oferta gratuita de cursos de alfabetização pelos órgãos governamentais. O custo per capita é muito baixo. Além de contribuir para uma sociedade mais igualitária, ao alfabetizar essas pessoas, elas passarão a receber melhores salários e serão também melhores consumidores, o que irá reverter em mais impostos para o governo", avalia.
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"A pesquisa mostra algo muito importante, que é a necessidade de oferta gratuita de cursos de alfabetização pelos órgãos governamentais. O custo per capita é muito baixo. Além de contribuir para uma sociedade mais igualitária, ao alfabetizar essas pessoas, elas passarão a receber melhores salários e serão também melhores consumidores, o que irá reverter em mais impostos para o governo", avalia.
Regiões metropolitanas
O estudo usou como base dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2006. Foram ouvidas 1,6 milhão de pessoas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador.
Desse total, os pesquisadores da FGV fizeram um recorte e pegaram os dados referentes às pessoas entre 25 e 65 anos de idade com até um ano de escolaridade. "Isso nos deixou cerca de 2.000 pessoas para avaliarmos", explica Ponczek. Segundo ele, os maiores ganhos salariais estavam nos centros urbanos do Sul e do Sudeste, possivelmente porque esses mercados são mais competitivos do que em Recife e Salvador.
Atualmente, cerca de 18% da população mundial de indivíduos com mais de 15 anos não sabe ler nem escrever. No Brasil, esse percentual é de 11% entre os adultos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios de 2005.
Comento
Eu já disse ao secretário de Industria e Comércio, Gustavo Paulino, que Sete Lagoas precisa de uma ação ostensiva em relação aos trabalhadores, sobretudo, os setor de Ferro Gusa. Não sei se o atual governo já empreendeu alguma iniciativa nesse sentido. Sei que isso precisa ser feito e o mais urgente possível. Infelizmente essa urgência acontece porque faltou a cidade uma ação prenventiva nessa área.
Veja o motivo. A industria de Ferro Gusa é uma das mais vulneráveis a qualquer tipo de crise, é a primeira a demitir e normalmente a última a recontratar. Assim, o empregado dessas empresas é uma das classes trabalhadoras que mais sofre. Por isso, é fundamental uma ação preventiva voltada para garantir a empregabilidade do trabalhador quando ele tiver que ser demitido. Como isso é quase uma frequente certeza deveria-se então promover tanto o aumento da escolaridade quanto cursos profissionalizantes, especialmente, na área TI - informática - não apenas essa informatica básica, mas um tipo de curso mais pragmático.
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Um comentário:
Já foi dito antes, querer que Gustavo Paulino promova a melhoria das condições dos trabalhadores do gusa é querer que a raposa tome conta do galinheiro. O gusa sempre se sustentou na baixa escolaridade de seu "peão", sempre explorado.
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