Matéria do jornal Tribuna/Prefeitura noticia que o Governo Municipal reiniciou as obras do PAC Urbanização, leiam um trecho da reportagem, volto em seguida tratando do PAC em Sete Lagoas:
Com investimentos de R$ 24.433.898,62 do Governo Federal e R$ 3.733.898,62 de contrapartida do município, foram reiniciadas na segunda-feira (6) as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Sete Lagoas. O consórcio Prefisan Ltda. e Global Engenharia será responsável pela construção de 240 casas no Bairro Belo Vale II, área denominada de "Jardim dos Pequis", para abrigar famílias que moram em áreas de risco nos Bairros Kwait e Iraque.
Comento
Em 27 de junho de 2007, ou seja, a quase 2 anos foram anunciados R$137 milhões do PAC para Sete Lagoas. Na época a cidade ficou em estado de graça por ser contemplada com tantos recursos. Foi uma tremenda festa. Veja o que escreveu João Carlos de Oliveira, então no Jornal Hoje Cidade:
"As ações do governo de Leone Maciel, esta semana, pode mudar todos os rumos da sucessão municipal[ele falava do efeito positivo para Leone]. Falo da liberação do governo do Estado de cerca de R$6milhões para o término da Avenida Perimentral e depois esta liberação do Lula, de R$137 milhões, com recursos do PAC. Olha, se juntar todas as verbas que Sete Lagoas conseguiu, anteriormente, de Brasília e de BH, a fundo perdido, é capaz de não passar muito da metade deste dinheiro ora liberado."
Completado dois anos não chegou nem metade dos recursos anunciados pelo PAC a Sete Lagoas; o ex-prefeito Leone Maciel que depositou muito de suas esperanças eleitorais no PAC por incentivo do deputado Márcio Reinaldo, que também o fez desistir da Copasa, perdeu as eleição e ainda sofreu o constrangimento de uma investigação da Polícia Federal. E a cidade que viu os recursos empacaram também descobriu que mais da metade dos recursos federais não eram a fundo perdidos, mas onerosos - R$77 milhões de endividamento. Triste ilusão.
A pior consequência foi ter ocorrido o contrário do que propõe o programa do governo petista, que ao invés acelerar o crescimento travou, sobretudo, o avanço da qualidade vida na cidade, uma vez que a cidade dispensou a construção das Estações de Tratamento de Água e Esgoto, que o Estado iria fazer. Como fez então em Nova Lima, Montes Claros e Contagem que receberam suas Estações de Tratamento de Esgoto e Sete Lagoas ficou chupando dedo. Será que agora o prefeito Maroca também vai se deixar iludir pela mesma proposta de supostas verbas federais?
É claro que ele não deve estar pensando em projetos futuros eleitorais, mas deve estar pensando em sua administração que está no começo. Se nem metade das verbas federais não chegaram imagine esperar por dinheiro novo para fazer Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)? E nesse caso, como poderia lhe ser sedutor atrasar o crescimento, não se trata disso, mas de agravar a situação da saúde provocado pelas doenças advindas dos esgotos que correm a céu aberto até no centro da cidade. É uma vergonha não se fazer nada, como também é acreditar em fantasias.
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