Por Guilherme Ibraim, no Especial para O Tempo:
O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem que seu partido e o PMDB estão mais próximos de construir uma aliança no Estado para as eleições de 2010. De acordo com Aécio, "há proximidade natural maior do PMDB com o PSDB em mais Estados do que há uma harmonia com o PT".
O ponto-chave para o governador é a ausência da norma de verticalização de alianças no ano que vem. "Acho que, nesta eleição, até por um equívoco da legislação eleitoral, onde não há mais a verticalização, vão prevalecer os interesses regionais. Eu acho que o PSDB tem boas chances de apresentar alianças, além dos democratas e do PPS, que é o núcleo da nossa ação de governo, com o PMDB em um número muito expressivo de Estados", afirmou o governador.
Em 2006, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retirou a obrigatoriedade de os partidos fazerem as mesmas coligações nos Estados e na eleição nacional. Com isso, o PSDB pode ganhar no ano que vem o apoio regional de legendas que sustentam o presidente Lula, como o PMDB, mesmo se a aliança entre petistas e peemedebistas para a sucessão presidencial for mantida.
Em visita ao Congresso no início do mês, o governador já havia sinalizado a possibilidade de firmar um acordo entre os dois partidos em Minas no ano que vem. Na ocasião, ele esteve com os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e disse que achava "muito difícil que PSDB e PMDB" não estivessem juntos em 2010.
Na semana passada, Aécio se reuniu com o presidente regional do PMDB, deputado Fernando Diniz. Em Minas, o nome peemedebista mais cotado para ser candidato ao governo do Estado é o do ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Ontem, questionado se o PT estaria mais adiantado nas negociações com o PMDB, Aécio negou. "Ao contrário, tenho um respeito enorme pelo ministro Hélio Costa, é meu amigo. O que eu posso dizer é que o PSDB de Minas já iniciou também conversas com o PMDB. Outras conversas entre dirigentes partidários ocorrerão. Agora, estamos vivendo o momento das especulações", disse.
Porém, o tucano afirmou que não acredita em uma definição rápida. "Não acredito em nenhuma decisão formal em termos de composição de chapa antes do final deste ano, seja de um lado, seja de outro." Leia mais
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