Por Tiago Décimo, de O Estado de S.Paulo, no Estadão Online:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador baiano, Jaques Wagner (PT), viram cenas pouco comuns em seus mandatos, nesta segunda-feira, 25, em Cachoeira (BA), 110 quilômetros a oeste de Salvador. Por alguns instantes, eles foram vaiados por representantes de entidades sindicais de professores e de trabalhadores da Segurança Pública. O motivo principal dos apupos foi o mesmo: falta de concurso para contratar professores, escrivães e investigadores.
Em uma das faixas empunhadas pelos manifestantes, a frase deixava clara a insatisfação: “Estudante autodidata não dá. Precisamos de professores já”, em uma alusão ao motivo de os dois estarem na cidade histórica do Recôncavo Baiano — a inauguração das obras de restauração dos prédios do Quarteirão Leite Alves, que passa a dar espaço ao campus de Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), com capacidade para 2 mil alunos. O investimento nas melhorias no complexo de prédios, fundados em 1856 e que serviram, no século 19, como sede de uma fábrica de charutos, foi de R$ 7,961 milhões.
“Eu vi companheiros reclamando da falta de laboratórios, da falta de professor”, disse Lula. “É bom reclamar, mas é importante a gente ter clareza sobre o que está de fato acontecendo neste País. Pesquisem se tem um governo que tenha feito pelo menos 50% do que a gente já fez pela educação deste país.”
Lula, então, voltou a desqualificar os governos anteriores. “Eu fico imaginando como as pessoas que governaram este país há 40, há 30 anos, eram perversas”, disse. “Antes, universidade federal era coisa de capital. Agora, a gente faz uma aqui, depois vem um hotel, vem uma empresa, o que gera desenvolvimento descentralizado.”
O presidente fez um discurso curto, de menos de 20 minutos, alegando estar com ‘problema na garganta”. “Talvez por ter falado, esta semana, em árabe, em chinês e em turco, minha garganta se enrolou”, comentou. E voltou a desqualificar os governos anteriores. “Possivelmente, tem gente que não reconhece a importância da restauração, da mesma forma como não reconhece o prato de comida que está na mesa, reclamando que não está bom”, afirmou. Se os governantes que vieram antes cuidassem do prédio, a gente não precisaria restaurar, não precisaria gastar tanto.”
Menos político, Wagner ignorou os apupos até o final de seu discurso, quando disse: “Não tome a postura mal-educada e mal-agradecida de alguns como correspondente à do povo de Cachoeira.”
De Cachoeira, Lula e Wagner seguiram, de helicóptero, para Salvador, onde participa, junto com o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, do lançamento da terceira edição do Festival de Música e Arte Negra (Fesman), que será realizado entre 1.º e 14 de dezembro no Senegal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador baiano, Jaques Wagner (PT), viram cenas pouco comuns em seus mandatos, nesta segunda-feira, 25, em Cachoeira (BA), 110 quilômetros a oeste de Salvador. Por alguns instantes, eles foram vaiados por representantes de entidades sindicais de professores e de trabalhadores da Segurança Pública. O motivo principal dos apupos foi o mesmo: falta de concurso para contratar professores, escrivães e investigadores.
Em uma das faixas empunhadas pelos manifestantes, a frase deixava clara a insatisfação: “Estudante autodidata não dá. Precisamos de professores já”, em uma alusão ao motivo de os dois estarem na cidade histórica do Recôncavo Baiano — a inauguração das obras de restauração dos prédios do Quarteirão Leite Alves, que passa a dar espaço ao campus de Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), com capacidade para 2 mil alunos. O investimento nas melhorias no complexo de prédios, fundados em 1856 e que serviram, no século 19, como sede de uma fábrica de charutos, foi de R$ 7,961 milhões.
“Eu vi companheiros reclamando da falta de laboratórios, da falta de professor”, disse Lula. “É bom reclamar, mas é importante a gente ter clareza sobre o que está de fato acontecendo neste País. Pesquisem se tem um governo que tenha feito pelo menos 50% do que a gente já fez pela educação deste país.”
Lula, então, voltou a desqualificar os governos anteriores. “Eu fico imaginando como as pessoas que governaram este país há 40, há 30 anos, eram perversas”, disse. “Antes, universidade federal era coisa de capital. Agora, a gente faz uma aqui, depois vem um hotel, vem uma empresa, o que gera desenvolvimento descentralizado.”
O presidente fez um discurso curto, de menos de 20 minutos, alegando estar com ‘problema na garganta”. “Talvez por ter falado, esta semana, em árabe, em chinês e em turco, minha garganta se enrolou”, comentou. E voltou a desqualificar os governos anteriores. “Possivelmente, tem gente que não reconhece a importância da restauração, da mesma forma como não reconhece o prato de comida que está na mesa, reclamando que não está bom”, afirmou. Se os governantes que vieram antes cuidassem do prédio, a gente não precisaria restaurar, não precisaria gastar tanto.”
Menos político, Wagner ignorou os apupos até o final de seu discurso, quando disse: “Não tome a postura mal-educada e mal-agradecida de alguns como correspondente à do povo de Cachoeira.”
De Cachoeira, Lula e Wagner seguiram, de helicóptero, para Salvador, onde participa, junto com o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, do lançamento da terceira edição do Festival de Música e Arte Negra (Fesman), que será realizado entre 1.º e 14 de dezembro no Senegal.
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