Da Folha Online, leiam este alerta do presidente do Banco Mundial e se tiverem tempo e paciência não deixem de ler o post FATOR CRISE, escrito aqui em 15 de Dezembro de 2008, quando o presidente Lula ainda recomenda ao trabalhador prestes a perder o emprego a endividar-se irresponsavelmente.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou que a crise econômica atual pode levar a uma "grave crise humana e social", se não forem tomadas as medidas adequadas a tempo. Ele também mencionou que medidas anticrise populistas e protecionistas, as quais ele considera políticas, podem atrasar a recuperação, e a ameaça da falta de financiamento a países emergentes.
"Se não tomarmos medidas, há o risco de que ocorra uma grave crise humana e social, com implicações políticas muito importantes", disse ele, em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal espanhol "El País".
Yuri Gripas/Reuters
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, advertiu para riscos sociais
Sobre as economia emergentes --entre as quais ele citou nominalmente o Brasil--, Zoellick avaliou que umas estão mais fortes que outras, mas que todas devem sofrer com a falta de financiamento para seus setores produtivos.
"A China pode surpreender a todos, tem obtido bons resultados com seu plano de estímulo. Para países como o México e Brasil, a principal ameaça é a falta de acesso a financiamentos. O setor produtivo [desses países] ainda não está restabelecido", disse Zoellick.
O titular do Banco Mundial alertou que o cenário atual ainda é imprevisível para todos os países do mundo e que é melhor "estar preparado". "O que começou como uma grande crise financeira e se converteu em profunda crise econômica, agora está derivando para uma grande crise de desemprego."
"Se criarmos infraestruturas que ponham essas pessoas para trabalhar, isso pode ser uma forma de unir planos de curto prazo com estratégias de longo prazo", avaliou.
Zoellick disse temer por "zonas de penumbra", como o risco de aumento do protecionismo e problemas de dívida privada em economias emergentes. "E ainda há o que eu chamo de fator X, algo que nunca se vê acontecendo, como a gripe A [a gripe suína, oficialmente chamada de H1N1]", acrescentou.
Retomada
O titular do Banco Mundial não rechaçou a hipótese de uma retomada da economia mundial, como várias autoridades dos países mais desenvolvidos têm sugerido. Mas advertiu que "será uma recuperação de baixa intensidade, durante um tempo prolongado". E acrescentou: "o desemprego vai continuar crescendo".
"A probabilidade de uma grande depressão é baixa, porém nunca nula", afirmou.
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