Por Ivana Moreira, no Estadão:
O uso político do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já começou em Minas Gerais, Estado onde nasceu a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "O governo federal está fazendo o maior investimento da história do Brasil em Minas" é o mote das inserções em rádio e TV que o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores veiculará neste mês.
Dilma, nome mais forte do Planalto para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é umas das estrelas da campanha e lembra aos mineiros que o valor previsto para Minas no PAC é de quase 10% do total reservado para o País. Considerando apenas os recursos que saem do Orçamento da União para o PAC, Minas Gerais já lidera o ranking dos Estados que tiveram maior volume de dotações autorizadas: R$ 3,6 bilhões entre 2007 e 31 de março deste ano. Para São Paulo, o valor autorizado no mesmo período soma R$ 2,9 bilhões.
A revisão do programa, anunciada em fevereiro, quando a ministra apresentou o balanço dos dois primeiros anos, foi generosa com os mineiros. O Estado foi beneficiado com um acréscimo de R$ 11,7 bilhões em investimentos previstos. O valor até 2010 subiu de R$ 29,3 bilhões para R$ 41 bilhões, um aumento de 39,93%.
Os investimentos em logística foram os que cresceram mais na planilha da Casa Civil. O valor previsto para empreendimentos em Minas Gerais pulou de R$ 5 bilhões para R$ 14,69 bilhões. O valor inclui os investimentos diretos, com recursos do Tesouro Nacional, das estatais, dos governos estaduais, das prefeituras e também da iniciativa privada.
Apenas para os baianos a revisão do PAC foi mais vantajosa do que para os mineiros. Na Bahia, o valor previsto subiu de R$ 24,7 bilhões para R$ 37 bilhões. Os paulistas tiveram um acréscimo de apenas 0,4%, elevando o valor previsto de R$ 99 bilhões para R$ 99,4 bilhões.
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