No último dia 15 de maio de 2009, sexta-feira passada, os senhores Túlio Eduardo Avelar França, Secretário Municipal de Fazenda, e Ricardo Lúcio dos Santos Silva, Secretário Municipal de Administração, encaminharam o ofício que segue em azul à "comissão Especial constituída para tratar de dissídio trabalhista".
Porém, hoje, diante da reação do vereador Marcelo Pires, ao texto do ofício, acompanhado pelo colega, Caio Dutra, ambos membros da comissão especial. O prefeito encaminhou outro ofício a Casa onde censura publicamente os seus secretários, e pode se dizer desmoraliza-os perante os 13 vereadores e, como não dizer, perante a própria sociedade. Em síntese diz o prefeito: "CABE SALIENTAR QUE AS “EXPOSIÇÕES” FEITAS PELOS SECRETÁRIOS MUNICIPAL DE FAZENDA E SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO FORAM EQUIVOCADAS E NÃO CONDIZEM COM AS DETERMINAÇÕES DE NOSSO GOVERNO.(íntegra post abaixo)"
Porém, hoje, diante da reação do vereador Marcelo Pires, ao texto do ofício, acompanhado pelo colega, Caio Dutra, ambos membros da comissão especial. O prefeito encaminhou outro ofício a Casa onde censura publicamente os seus secretários, e pode se dizer desmoraliza-os perante os 13 vereadores e, como não dizer, perante a própria sociedade. Em síntese diz o prefeito: "CABE SALIENTAR QUE AS “EXPOSIÇÕES” FEITAS PELOS SECRETÁRIOS MUNICIPAL DE FAZENDA E SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO FORAM EQUIVOCADAS E NÃO CONDIZEM COM AS DETERMINAÇÕES DE NOSSO GOVERNO.(íntegra post abaixo)"
Isso se não é uma desmoralização, é pior: é uma execração pública dos profissionais. Porque ao oficializar documentalmente e publicamente que seus Secretários agem em desacordo com "as determinações de nosso governo" PREFEITO colocou-os de joelhos, cortou suas pernas e os humilhou publicamente. E olhem, amigos leitores, o Chefe do Executivo pode ter cometido um "equivoco" ainda muito mais grave que os seus dois subordinados.
Quem já chefiou, liderou, qualquer grupo que seja, sabe que não se pode fazer nunca o que Maroca fez com os seus subordinados. Eu tenho visto dia após dia Maroca errar, mas dessa vez ele superou até a minha mais alta expectativa sobre seus limites de fazer besteira. Encontrar-se com os ex-militares, hoje consultores privados, para tratar de segurança pública local ignorando as forças polícias constituídas eu achei que era o seu limite. Mas ele conseguiu se superar.
A regra nesse caso é não expor ninguém publicamente, do mais humilde subordinado ao mais alto escalão. Errou? Errou o governo não esse ou aquele. Eu pergunto; qual a moral, agora, desses dois profissionais, Túlio Avelar e Ricardo Lúcio? E respondo: NENHUMA! ZERO! ESTÃO DESMORALIZADOS PUBLICAMENTE. Quer dizer, Mário Márcio Maroca fez do limão um suco de veneno para seu próprio governo.
Ele colocou de joelhos não apenas os dois auxiliares, mas toda sua equipe que assistindo a tal desmoralização vão certamente pensar duas vezes para tomar uma iniciativa. Isso que ocorreu acaba com brio da equipe, mata a iniciativa, o ímpeto fundamental. Maroca pós o seu governo de joelhos. Mas, avencemos.
Como pode o prefeito colocar as cabeças de seus secretários a prêmio em praça pública?
O certo é que Maroca acaba demonstrar que o seu governo virou uma presa fácil. E os oportunistas de dentro e de fora do governo têm uma prova da fragilidade do seu Governo. Ah, sim, vamos alguns questionamentos.
Túlio e Ricardo agiram a revelia do seu chefe? O prefeito só soube do que fizeram estes dois hoje, durante a reunião da Câmara? Se o prefeito sobe antes, por que esperou completar quatro dias para tentar aplacar o problema? Não poderia Maroca ter agido antes da reunião da Câmara para evitar um novo desgaste público para o seu governo? -, se fizesse assim poderia censurar privadamente os dois, evitando queimá-los como fez. Num momento tão delicado como o da negociação salarial sob a responsabilidade dos dois e para um "equivoco" que não me pareceu tão grave o prefeito Maroca não cometeu um erro ainda maior? Como pode os secretários da Fazenda e da Administração agirem de forma contrária as próprias determinações que, se existem, creio, sobretudo, o secretário da Administração ajuda construir? Ou quem sabe não existe nenhuma diretriz estabelecida para que os secretários possam agirem com liberdade dentro desses limites e tal autonomia é, como sempre achei, conversa para boi dormir?
Bem, o Governo Maroca é um caso de Auto-conspiração ou é aquele tipo me engana que gosto?
A seguir o ofício dos secretários Túlio Eduardo Avelar França (Fazenda), e Ricardo Lúcio dos Santos Silva(Administração):
Sete Lagoas, 15 de maio de 2009.
Sr. Presidente da Comissão Especial
Caio Márcio Dutra Teixeira
Os Secretários de Fazenda e Administração por intermédio deste ofício vem expor e ao final comunicar:
“Exposição”
I — Que os referidos secretários, num gesto de cordialidade para com a Câmara, vêm atendendo os diversos convites e/ou convocações, por parte da comissão Especial constituída para tratar de dissídio trabalhista;
II — Que o gesto de cordialidade não foi acolhido por parte da Comissão, vez que o palco próprio para o embate versa única e exclusivamente entre o Executivo e sindicatos representantes dos servidores;
III — Que por tratar de matéria financeira e escudado na Constituição Federal, art. 61, inciso II, alínea “a” é de competência legiferante do executivo;
IV — Que, face a ausência oficializada pela Presidente da UNSP — Órgão capaz e competente, para discutir o referido dissídio; somado a questão da saúde por parte do Secretário de Administração, é que o Secretário de Fazenda deixou de comparecer, porém dando ciência de sua ausência;
V — Que, na conformidade de gentileza até então praticada pelos secretários, é que foi desconsiderado a questão de saúde do Secretário de Administração e a ausência firmada pelo único sindicato capaz de argüir e discutir o respectivo dissídio em nome da classe que representa (UNSP — União Nacional dos Servidores Públicos);
VI — Que, ainda mais uma gentileza por parte dos secretários, informa que não houve nenhuma nomeação de comissão por parte do executivo, e sim uma proposta de harmonia em atender o convite e/ou convocação de secretários (aleatoriamente convocados por esta comissão);
VII — Que, mesmo não sendo obrigação dos secretários informar a pessoas estranhas ao processo, registra-se que os dados contábeis não foram consolidados por ausência de informações do Poder Legislativo ao Poder Executivo, impossibilitando o fechamento da Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre do exercício;
VIII — Que, para fins de ilustração segue em anexo cópia do Ofício 427/09 da Câmara Municipal e Parecer PGL.FR12009;
IX — que, em face desses desencontros é que afirmamos que não mais compareceremos a presente Comissão, e iremos marcar com o Sindicato próprio data e palco de novos embates.
Em sendo assim, despedimos considerando compreendidas as nossas ações até então praticadas subscrevemos.
Túlio Eduardo Avelar França – Secretário Municipal de Fazenda
Ricardo Lúcio dos Santos Silva – Secretário Municipal de Administração
Sr. Presidente da Comissão Especial
Caio Márcio Dutra Teixeira
Os Secretários de Fazenda e Administração por intermédio deste ofício vem expor e ao final comunicar:
“Exposição”
I — Que os referidos secretários, num gesto de cordialidade para com a Câmara, vêm atendendo os diversos convites e/ou convocações, por parte da comissão Especial constituída para tratar de dissídio trabalhista;
II — Que o gesto de cordialidade não foi acolhido por parte da Comissão, vez que o palco próprio para o embate versa única e exclusivamente entre o Executivo e sindicatos representantes dos servidores;
III — Que por tratar de matéria financeira e escudado na Constituição Federal, art. 61, inciso II, alínea “a” é de competência legiferante do executivo;
IV — Que, face a ausência oficializada pela Presidente da UNSP — Órgão capaz e competente, para discutir o referido dissídio; somado a questão da saúde por parte do Secretário de Administração, é que o Secretário de Fazenda deixou de comparecer, porém dando ciência de sua ausência;
V — Que, na conformidade de gentileza até então praticada pelos secretários, é que foi desconsiderado a questão de saúde do Secretário de Administração e a ausência firmada pelo único sindicato capaz de argüir e discutir o respectivo dissídio em nome da classe que representa (UNSP — União Nacional dos Servidores Públicos);
VI — Que, ainda mais uma gentileza por parte dos secretários, informa que não houve nenhuma nomeação de comissão por parte do executivo, e sim uma proposta de harmonia em atender o convite e/ou convocação de secretários (aleatoriamente convocados por esta comissão);
VII — Que, mesmo não sendo obrigação dos secretários informar a pessoas estranhas ao processo, registra-se que os dados contábeis não foram consolidados por ausência de informações do Poder Legislativo ao Poder Executivo, impossibilitando o fechamento da Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre do exercício;
VIII — Que, para fins de ilustração segue em anexo cópia do Ofício 427/09 da Câmara Municipal e Parecer PGL.FR12009;
IX — que, em face desses desencontros é que afirmamos que não mais compareceremos a presente Comissão, e iremos marcar com o Sindicato próprio data e palco de novos embates.
Em sendo assim, despedimos considerando compreendidas as nossas ações até então praticadas subscrevemos.
Túlio Eduardo Avelar França – Secretário Municipal de Fazenda
Ricardo Lúcio dos Santos Silva – Secretário Municipal de Administração
3 comentários:
AFINAL, ESSES SECRETÁRIOS SÃO DE CONFIANÇA DE MOROCA OU NÃO...
QUEIMOU OS SECRETÁRIOS, ESTÃO SEM MORAL NENHUMA RSRSRSRS
INACREDITÁVEL!
Aonde este moço vai chegar?
Melhor, onde A CIDADE vai chegar com este governo sem pulso, sem cordenação, sem mando?
Quais as alternativas temos?
A união de toda a sociedade para assessorar o moço, visto que foi eleito e ainda tem mais 43 longos meses de governo?
Algo mais drástico com sua renuncia ou impedimento com sua substituição?
O que virá depois?
Um grande consenso para colocar a cidade nos trilhos, sem ser refem da câmara?
As perguntas são muitas. As respostas não podem demorar.
Leonardo:
Se estes dois Secretários tiverem o mínimo de personalidade, teriam que pedir demissão dos cargos que ocupam.
Robson
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