domingo, 3 de maio de 2009

Um bom texto do jornalista Edson Paredão sobre imbróglio da Feirinha


Leiam o texto, comento em outro post:
A finalidade com que foi criada a Feirinha da Praça Dom Carlos Carmelo Mota, centro de Sete Lagoas, no final dos anos 1990, na administração do prefeito Marcelo Cecé, era a de atender os artesãos da cidade, fazer um local aprazível, de encontro dos setelagoanos e visitantes e, finalizando, com uma praça de alimentação com variedades típicas do nosso cardápio mineiro e brasileiro. Se a praça ficou bonita e aberta a todas as camadas sociais, era para popularizar o ambiente e fazer uma grande integração de pessoas para substituir o local fechado, e que vinha em franca decadência, que era o Sete Lagoas Tênis Clube (Praça de Esportes). Se por um lado os atletas perderam o espaço esportivo, no contraponto a comunidade ganhou um local para fazer um encontro aberto para compras e alimentação nas noites de sexta-feira e sábado. Lembro-me bem que a mesma começou a funcionar na orla da Lagoa Paulino e faltava banheiros, pois no final da administração Cecé veio uma crise financeira nos cofres da Prefeitura e, como o mesmo estava em final de mandato e derrotado nas umas, não providenciou o espaço para que aqueles que frenquentavam a feira pudessem fazer as suas necessidades durante esta visita. Iniciava o governo Canabrava, em sua primeira gestão, e de imediato quebrou-se uma parede do ginásio e adaptou-se um espaço para banheiros masculino e feminino, que funciona até hoje, mais de 10 anos depois.

Agora chega a administração Maroca e esperava-se, por ser a praça em frente à casa de seus pais, que fosse dada uma nova dimensão na Feirinha no sentido de recuperar as barracas com um novo visual, mais moderno e vistoso, dando oportunidade aos feirantes de exporem melhor suas mercadorias, além de conforto para os frenquentadores, com bons banheiros, evitando que as pessoas façam suas necessidades encostando nas árvores, bancos e veículos que ladeiam o recinto público, expondo-se ao constrangimento perante aqueles que passam e observam. Sem qualquer diálogo ou consulta aos barraqueiros, expositores e até mesmo uma enquete sobre a opinião dos vereadores, foram logo tentando mudar horário e, usando de informações não verdadeiras, o que inclusive constrangeu até a própria Policia Militar que ficou muito mal na fita, como diz a gíria, com informações maquiadas e fantasiosas, que não diziam a verdade. Acontece que como era esperado, o povo não aceitou, os feirantes muito menos e uma coisa que poderia ser simples acabou virando uma verdadeira sessão de desgastes para a atual administração e a Secretaria da Cultura, que demonstrou perante a comunidade uma arbitrariedade total. Como as coisas não foram bem aceitas pela população e a chiadeira foi geral, foi o mesmo que cutucar uma caixa de marimbondos. E na hora que a coisa começou a azedar, a PM não aceitou ficar na história como bode expiatório de informações mentirosas e que não foram repassadas pelos mesmos. Diante disso, no dia 22 de abril passou à toda a imprensa setelagoana uma nota de esclarecimento sob a responsabilidade da assessoria de comunicação organizacional do 25.° Batalhão, na qual relatava números e dados que demonstram que não existe qualquer motivo para fazer com que a Feirinha passe a mudar seu horário ou maneira de trabalhar em função de possíveis delitos oriundos de seu funcionamento.

Chegam até a destacar que aquela região mostra, pelas estatísticas da PM, a menor área de problemas para a corporação, atingindo apenas 2,17 registros/mês, tendo como base o ano de 2008, e apenas dois registros de ocorrências nos primeiros 90 dias deste ano, ou seja, nem um por mês. Para não ficar remoendo este assunto, o melhor seria que fosse dada nova dimensão à Feirinha, mas com a opinião e a sugestão dos feirantes e freqüentadores, dando uma nova pintura nas barracas, modelagem, cores, tornando-as mais vivas, bonitas e espaçosas, ao contrário de tudo o que foi proposto. Para resumir, vamos transcrever a nota de esclarecimento da Polícia Militar. (O texto foi publicado no Jornal Boca do Povo.)

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