Falta de visibilidade em Brasília é a justificativa para continuar em Minas
Por Amália Goulart, O Tempo:
A eleição para deputado estadual, no próximo ano, promete ser tão disputada quanto o pleito para o governo de Minas. Levantamento feito por O TEMPO com parlamentares, seus assessores, líderes de partidos e bancadas mostra que, dos 77 deputados que atuam na Assembleia Legislativa, 63 devem se candidatar à reeleição. Apenas oito devem tentar uma vaga na Câmara Federal. Os demais estão indecisos, não irão concorrer a cargos eletivos ou têm impedimento na Justiça para disputar.
A maior parte dos deputados apresenta o mesmo argumento para tentar a reeleição: desejam dar continuidade ao trabalho iniciado na Assembleia. "Tenho muitos projetos na Assembleia que são importantes e não vou dar conta de concluir todos eles até o ano que vem", alega o deputado Délio Malheiros (PV).
Mas, por trás do desejo de continuidade, se esconde também uma preocupação que aflige grande parcela dos estaduais. Eles não estão dispostos a enfrentar uma eleição para deputado federal, que requer mais dinheiro para a campanha e mais votos. "A votação para federal é mais alta. Não tenho base para arriscar essa votação. Tenho condição de ser eleito estadual", confidenciou o deputado Gilberto Abramo, líder do PMDB na Assembleia.
"É uma eleição muito difícil", corroborou Domingos Sávio (PSDB), líder da maioria, que faz parte do pequeno grupo que tentará uma vaga na Câmara Federal, apesar das dificuldades.
O cientista político Fábio Caldeira acredita que, além da eleição para federal ser mais cara e requisitar um número maior de votos, ela não dá ao parlamentar a garantia de continuar operante no cenário político. Muitos deputados estaduais que exercem liderança no cenário regional passam a meros figurantes quando chegam à Câmara. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostrou que, em 2008, dos 53 deputados federais mineiros, apenas cinco apareceram na lista dos mais influentes da Câmara. Foram incluídos os nomes de Paulo Abi-Ackel (PSDB), Nárcio Rodrigues (PSDB), Rafael Guerra (PSDB), Virgílio Guimarães (PT) e Gilmar Machado (PT).
"Temos vários casos de deputados que tinham grande força política em Minas e quando chegaram à Brasília desapareceram. É muito melhor ser um deputado (estadual) com expressão grande para ajudar as bases do que pertencer ao baixo clero (na Câmara Federal)", afirmou.
De acordo com ele, os deputados estaduais estão mais próximos da base e da estrutura do poder local. Eles têm mais acesso ao Executivo estadual e às secretarias. Já em Brasília, o universo é mais abrangente. São 513 parlamentares federais que se misturam ainda a 81 senadores.
A eleição para deputado estadual, no próximo ano, promete ser tão disputada quanto o pleito para o governo de Minas. Levantamento feito por O TEMPO com parlamentares, seus assessores, líderes de partidos e bancadas mostra que, dos 77 deputados que atuam na Assembleia Legislativa, 63 devem se candidatar à reeleição. Apenas oito devem tentar uma vaga na Câmara Federal. Os demais estão indecisos, não irão concorrer a cargos eletivos ou têm impedimento na Justiça para disputar.
A maior parte dos deputados apresenta o mesmo argumento para tentar a reeleição: desejam dar continuidade ao trabalho iniciado na Assembleia. "Tenho muitos projetos na Assembleia que são importantes e não vou dar conta de concluir todos eles até o ano que vem", alega o deputado Délio Malheiros (PV).
Mas, por trás do desejo de continuidade, se esconde também uma preocupação que aflige grande parcela dos estaduais. Eles não estão dispostos a enfrentar uma eleição para deputado federal, que requer mais dinheiro para a campanha e mais votos. "A votação para federal é mais alta. Não tenho base para arriscar essa votação. Tenho condição de ser eleito estadual", confidenciou o deputado Gilberto Abramo, líder do PMDB na Assembleia.
"É uma eleição muito difícil", corroborou Domingos Sávio (PSDB), líder da maioria, que faz parte do pequeno grupo que tentará uma vaga na Câmara Federal, apesar das dificuldades.
O cientista político Fábio Caldeira acredita que, além da eleição para federal ser mais cara e requisitar um número maior de votos, ela não dá ao parlamentar a garantia de continuar operante no cenário político. Muitos deputados estaduais que exercem liderança no cenário regional passam a meros figurantes quando chegam à Câmara. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostrou que, em 2008, dos 53 deputados federais mineiros, apenas cinco apareceram na lista dos mais influentes da Câmara. Foram incluídos os nomes de Paulo Abi-Ackel (PSDB), Nárcio Rodrigues (PSDB), Rafael Guerra (PSDB), Virgílio Guimarães (PT) e Gilmar Machado (PT).
"Temos vários casos de deputados que tinham grande força política em Minas e quando chegaram à Brasília desapareceram. É muito melhor ser um deputado (estadual) com expressão grande para ajudar as bases do que pertencer ao baixo clero (na Câmara Federal)", afirmou.
De acordo com ele, os deputados estaduais estão mais próximos da base e da estrutura do poder local. Eles têm mais acesso ao Executivo estadual e às secretarias. Já em Brasília, o universo é mais abrangente. São 513 parlamentares federais que se misturam ainda a 81 senadores.
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