Eu não preciso desdizer o que disse ontem hoje, como certos comunicadores desavergonhadamente são obrigados a fazer. Não atuo a soldo. Faço o que faço sobre os princípios democráticos, a legalidade e a defesa firme e intransigente da liberdade e do Estado Democrático e de Direito. Se um dia eu não puder exercer com independência e sob esses princípios o ofício jornalístico eu paro. Jornalismo de serviço não é comigo. Se um dia, por exemplo, eu, sei lá, assumir um cargo público não será pelo servisinho de hoje.
Muitos são as pessoas que ontem me tinham ódio hoje me declaram amor porque supostamente eu teria mudado. Erram quanto tem ódio e quando tem amor. Porque não quero agradar ou desagradar ninguém. Por isso, é melhor não me amar hoje para me detestar amanhã; e tente não me detestar tanto hoje porque pode querer me amar amanhã. Amor e ódio estão muito próximos. Tenha sempre isso: enquanto faço jornalismo não é nem a favor e nem contra esse ou aquele. Mas, sim, tenho lado.
O lado que expliquei no primeiro parágrafo o lado da Lei dentro do Estado Democrático e de Direito. Entendeu ou preciso desenhar?
(data original desta postagem: sexta-feira, 10 de julho de 2009, às 09:53)
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