Simon foi ameaçado por Renan e Collor e, depois, defendido pela oposição
Brasília. Na primeira sessão plenária do Senado após a volta do recesso, os defensores da saída do cargo do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e a tropa de choque do peemedebista foram armados. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a pedir que Sarney renuncie, acirrando os ânimos dos senadores, que bateram boca, exaltaram-se e evocaram episódios do passado para fazerem acusações e ameaças.
O ex-presidente da República e senador por Alagoas Fernando Collor (PTB) chamou Simon de "parlapatão" quando o gaúcho mencionou um episódio da trajetória do alagoano. Simon citou um encontro que teria acontecido em 1989, na China, entre Renan Calheiros (AL), atual líder do PMDB, e Collor, quando teria sido acertada a candidatura do alagoano à Presidência.
Collor pediu a palavra e afirmou que o encontro era "fruto da imaginação de alguns estelionatários". "São palavras que eu quero que o senhor as engula", disse Collor, ameaçando, em seguida, relembrar "fatos extremamente incômodos" para Simon.
Renan também reagiu ao discurso do colega de partido. "Eu gosto muito do senhor, senador Pedro Simon. Eu só lamento que nos últimos 35 anos o esporte favorito do senhor tenha sido falar mal do Sarney. Desde que o partido decidiu indicar o José Sarney a vice-presidente da chapa do Tancredo Neves. Desde aquele momento, o senhor fala mal do Sarney. Porque o senhor queria ter sido o indicado", afirmou.
Sem a presença de Sarney, parte da oposição e mesmo alguns governistas saíram em defesa de Simon.
"Vossa Excelência vai à tribuna falar em paz e é agredido", reagiu Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que Simon tem um "itinerário de decência e dignidade" reconhecido por todos os parlamentares.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou que faz coro com Simon para que Sarney deixe a presidência. Além desses, Eduardo Suplicy (PT-SP), Flávio Arns (PT-PR), Cristovam Buarque (PDT-SP) e Renato Casagrande (PSB-ES) seguiram a mesma linha e defenderam que o peemedebista não tem mais condições políticas de comandar a Casa.
Em contrapartida, Renan Calheiros, Fernando Collor, Wellington Salgado (PMDB-MG) e Papaléo Paes (PSDB-AP) defenderam a permanência de Sarney.
"Defendo a permanência porque não há ninguém com mais experiência e embocadura política do que ele. Tudo que ele está passando eu já passei. Eu sei como essas coisas são urdidas, tramadas, correm no subterrâneo", afirmou Collor, que se recusou a retirar as afirmações contra Simon.
Brasília. Na primeira sessão plenária do Senado após a volta do recesso, os defensores da saída do cargo do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e a tropa de choque do peemedebista foram armados. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a pedir que Sarney renuncie, acirrando os ânimos dos senadores, que bateram boca, exaltaram-se e evocaram episódios do passado para fazerem acusações e ameaças.
O ex-presidente da República e senador por Alagoas Fernando Collor (PTB) chamou Simon de "parlapatão" quando o gaúcho mencionou um episódio da trajetória do alagoano. Simon citou um encontro que teria acontecido em 1989, na China, entre Renan Calheiros (AL), atual líder do PMDB, e Collor, quando teria sido acertada a candidatura do alagoano à Presidência.
Collor pediu a palavra e afirmou que o encontro era "fruto da imaginação de alguns estelionatários". "São palavras que eu quero que o senhor as engula", disse Collor, ameaçando, em seguida, relembrar "fatos extremamente incômodos" para Simon.
Renan também reagiu ao discurso do colega de partido. "Eu gosto muito do senhor, senador Pedro Simon. Eu só lamento que nos últimos 35 anos o esporte favorito do senhor tenha sido falar mal do Sarney. Desde que o partido decidiu indicar o José Sarney a vice-presidente da chapa do Tancredo Neves. Desde aquele momento, o senhor fala mal do Sarney. Porque o senhor queria ter sido o indicado", afirmou.
Sem a presença de Sarney, parte da oposição e mesmo alguns governistas saíram em defesa de Simon.
"Vossa Excelência vai à tribuna falar em paz e é agredido", reagiu Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que Simon tem um "itinerário de decência e dignidade" reconhecido por todos os parlamentares.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou que faz coro com Simon para que Sarney deixe a presidência. Além desses, Eduardo Suplicy (PT-SP), Flávio Arns (PT-PR), Cristovam Buarque (PDT-SP) e Renato Casagrande (PSB-ES) seguiram a mesma linha e defenderam que o peemedebista não tem mais condições políticas de comandar a Casa.
Em contrapartida, Renan Calheiros, Fernando Collor, Wellington Salgado (PMDB-MG) e Papaléo Paes (PSDB-AP) defenderam a permanência de Sarney.
"Defendo a permanência porque não há ninguém com mais experiência e embocadura política do que ele. Tudo que ele está passando eu já passei. Eu sei como essas coisas são urdidas, tramadas, correm no subterrâneo", afirmou Collor, que se recusou a retirar as afirmações contra Simon.
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