Data real: domingo, 02 de agosto 09
Por Gustavo Chacra, no Estadão:
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condena o golpe em Honduras, mas não retira seu embaixador de Tegucigalpa e evita se envolver diretamente no conflito que já se estende por mais de um mês. Obama mantém sanções à Síria, ao mesmo tempo que envia emissários para dialogar com o regime de Bashar Assad. Celebra os eleitores iranianos, enquanto demora para questionar as possíveis fraudes na votação de 12 de junho. Criticava a falta de um objetivo para George W. Bush no Iraque, e não delineia o que busca em sua empreitada militar na fronteira do Afeganistão com o Paquistão. Pede mais democracia no mundo árabe em discurso no Cairo, sem mencionar o nome de Hosni Mubarak, que restringe as liberdades no Egito.
Esta dubiedade abre espaço para críticas de diversas frentes na política americana, tanto à direita quanto à esquerda. Seis meses após Obama tomar posse, republicanos e centros de estudo conservadores de Washington afirmam que a política externa da Casa Branca não age com a dureza necessária contra o regime de Teerã e, em breve, os iranianos terão uma arma nuclear.
Na América Latina, sua ausência permite, de acordo com analistas, o fortalecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e de aliados como Daniel Ortega, da Nicarágua. Alguns programas conservadores da TV e do rádio nos EUA chegam a dizer que Obama faz parte da chamada coalizão bolivariana.
No campo democrata, sua relutância em permitir investigações sobre os casos de tortura no governo Bush já provoca duras condenações entre entidades liberais americanas. O guerra no Afeganistão, que aos poucos domina a agenda política dos Estados Unidos, pode terminar mais impopular do que a do Iraque, segundo analistas consultados pelo Estado. Não apenas entre os americanos, mas também em outras partes do mundo.
Na Grã-Bretanha, as manifestações contra o conflito não param de crescer, apesar de Obama ainda desfrutar de enorme popularidade na maior parte do mundo, segundo pesquisa do instituto Pew.
“Os objetivos de Obama, na realidade, não são muito diferentes dos de Bush na maioria dos conflitos hoje no mundo”, afirma o professor de política externa da Universidade Columbia, Bruce Cronin.
“Ele ainda tenta impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, como Bush, manteve a política de retirada das tropas do Iraque, iniciada no fim do governo anterior, vê riscos enormes no Afeganistão e age da mesma forma que Bill Clinton e Bush em relação à Coreia do Norte”, disse Cronin. Aqui
Esta dubiedade abre espaço para críticas de diversas frentes na política americana, tanto à direita quanto à esquerda. Seis meses após Obama tomar posse, republicanos e centros de estudo conservadores de Washington afirmam que a política externa da Casa Branca não age com a dureza necessária contra o regime de Teerã e, em breve, os iranianos terão uma arma nuclear.
Na América Latina, sua ausência permite, de acordo com analistas, o fortalecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e de aliados como Daniel Ortega, da Nicarágua. Alguns programas conservadores da TV e do rádio nos EUA chegam a dizer que Obama faz parte da chamada coalizão bolivariana.
No campo democrata, sua relutância em permitir investigações sobre os casos de tortura no governo Bush já provoca duras condenações entre entidades liberais americanas. O guerra no Afeganistão, que aos poucos domina a agenda política dos Estados Unidos, pode terminar mais impopular do que a do Iraque, segundo analistas consultados pelo Estado. Não apenas entre os americanos, mas também em outras partes do mundo.
Na Grã-Bretanha, as manifestações contra o conflito não param de crescer, apesar de Obama ainda desfrutar de enorme popularidade na maior parte do mundo, segundo pesquisa do instituto Pew.
“Os objetivos de Obama, na realidade, não são muito diferentes dos de Bush na maioria dos conflitos hoje no mundo”, afirma o professor de política externa da Universidade Columbia, Bruce Cronin.
“Ele ainda tenta impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, como Bush, manteve a política de retirada das tropas do Iraque, iniciada no fim do governo anterior, vê riscos enormes no Afeganistão e age da mesma forma que Bill Clinton e Bush em relação à Coreia do Norte”, disse Cronin. Aqui
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