Por Catia Seabra, na Folha:
Disposto a dinamitar uma aliança nacional do PMDB com o PT, a oposição flerta hoje com dois ministros do governo Lula: o das Comunicações, Hélio Costa, e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.
Com o aval de Hélio Costa, o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia (SP), se reuniu com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para discutir a edição de uma aliança entre tucanos e peemedebistas no Estado.
Patrocinador da aliança com o governador José Serra (PSDB) em São Paulo, Quércia sugeriu que Aécio apoie a candidatura de Costa ao governo, sob o argumento de que um acordo em Minas pavimentaria a negociação com o PMDB no cenário nacional. Ele lembrou ainda que Aécio será o herdeiro dessa costura caso Serra não concorra à Presidência.
“Seria uma forma de Minas prestigiar nossa aliança com o PSDB”, justificou Quércia.Costa não é o único ministro a retribuir aos acenos do comando do PSDB. Em confronto com o governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, Geddel deverá se reunir com aliados de Serra nos próximos dias.
Na oposição, há até quem defenda que o DEM abra mão da disputa em favor de Geddel. A proposta tem eco até mesmo entre democratas.Na Bahia, o senador Paulo Souto (DEM) é hoje o nome mais forte de oposição a Wagner. Mas não está descartado o apoio a Geddel.Outra alternativa seria convencer Geddel a se lançar ao Senado numa aliança PSDB-PMDB-DEM. Hoje, o ministro insiste na candidatura ao governo. “Não há como voltar atrás”, repete ele.
Embora reafirme a candidatura de Souto na Bahia, o democrata Jorge Bornhausen (SP) prega uma investida no PMDB. Ele lembra que as negociações avançam em Estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Mas precisamos ampliar.” Aqui
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