Com licença para contar algo que aconteceu comigo. Sexta-feira depois de ficar sabendo pelo jornal Sete Dias que a Prefeitura vetaria a minha presença como "Blogueiro" na coletiva de imprensa com o Professor Anastasia procurei na Secretaria de Comunicação, Patrick. Prontamente ele me recebeu. Perguntei se "eles iriam fazer aquilo que o jornal Sete Dias estava dizendo": "Somente serão aceitas inscrições de mídias impressas, radiofônicas e televisivas'. Blogueiros, sites e outros do gênero ficarão de fora". Ele disse que discordava daquela decisão. E que pessoalmente se esforçaria para revê-la. E também disse que àquela orientação veio do governo, não da Secretaria de Comunicação.
Numa atitude franca, Patrick, abriu o jogo, foi sincero. Disse que eu estava desgastado dentro do governo, que havia muita gente brava comigo lá, contou-me até que tinha gente "Xiita" dentro do Governo que já tinha proposto que eu levasse algumas porradas. Falou também, que muitas das minhas críticas estão certas. E que apesar de não ler todos os dias o blog, já tinha pegado textos que escrevi e levado ao governo mostrando que àquela crítica era pertinente. Sua discordância do que eu havia escrito dizia respeito ao secretário Flávio de Castro.
Bem, ele foi atencioso comigo e me disse que daria resposta ainda naquela tarde sobre o meu credenciamento ou não para participar da coletiva de imprensa. E foi o que ele fez. Mais tarde telefonou-me dizendo que eu seria credenciado para participar da entrevista com o vice-governador.
Segunda-feira - A Entrevista.
Conforme ficou combinado Segunda-feira fui credenciado e pude participar da entrevista que está publicada no blog (aqui). Mas... a minha participação não agradou-lhes. Meu amigo Magela àquele que está no Governo, mas se pudessem já o teria escorraçado, me censurou durante o translado da Prefeitura para a Câmara Municipal. Magela me disse um monte de bobagens. Relevei, porque como gosto do Cara e achei que fosse sua opinião pessoal, deixei ele falar à vontade um monte de bobagens. Ah, e todos da imprensa na Van foram obrigados a ouvirem, mas até aí vá, lá. Discordo de cada vírgula que ele disse, mas relevei. Entretanto, a coisa começou a ficar mais clara que era uma decisão de governo no momento seguinte. Vamos a ele.
Quando peguei de volta o mesmo veículo junto com os colegas em direção do Clube Náutico, onde ocorreria o almoço sou informado por Ana Luisa que a minha presença havia sido vetada no almoço. Segundo me disse, ela mesma concordava com a decisão porque eu havia sido antiético na entrevista coletiva. Motivo? Não era o conteúdo das minhas perguntas, a quantidade de perguntas, não era isso; nem aquilo. Ainda assim, eu tinha faltado com a ética. Qual ética? Ela não conseguia ser clara. Eu apenas tinha sido antiético. Bem, deve ser uma coisa muita específica do Governo Maroca. Uma ética própria.
Bem, pelo visto faltou eu passar a limpo as questões com eles. Fiz perguntas inconvenientes para o Governo, foi o meu pecado. Mas, em síntese, a jornalista Ana Luisa, não me deu o botom que os colegas da imprensa receberam para passar pela portaria. Ela ainda telefonou e conversou com o Nadab e as coisas continuaram no mesmo pé. Assim, desci da Van e fiquei na porta do Náutico. Fiz questão de continuar ali até o final para saber o que as pessoas achavam daquela decisão, como digo?, de governo. Reprovação geral, claro.
Perguntado por mim no final Nadab veio me dizer que eu tinha, sim, a credencial de imprensa e poderia ter entrado com ela. Conversa fiada, todos da imprensa precisaram receber o botom distribuído pela jornalista empregada da Prefeitura. E mais, Ana Luisa, além de não dar o passe, na entrada do Náutico quando chegamos ficou na frente de todo mundo tentando me explicar compulsivamente que eu tinha sido antiético, repetindo todo o que já havia me falado. Não, é claro que você deve estar se perguntando por que eu aceitei passar por isso tudo? Meus Caros como fazer a sociedade conhecer o governo Maroca? Deixando ele revelar toda sua face obscura, autoritária... que fica fantasiada de bom mocismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário