quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Onde buscar recursos mais baratos?" A resposta - 1

Abaixo escrevi que o endividamento de R$ 72 milhões para o saneamento é um péssimo negócio para Sete Lagoas, aí alguém me manda o comentário abaixo, leiam volto em seguida:

Onde buscar recursos mais baratos? O blogueiro tem a resposta? Diversos municípios estão pleiteando verbas para saneamento e não conseguem. Se Sete Lagoas teve o provilégio de ser contemplada, é hora de dispensar? O custo "per capta" é de R$320,00, menor do que o aluguel de 30 dias de um barracão. Puxa, porque você não raciocina um pouco?

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A concessão do serviço é o caminho para ter os investimentos numa área em que tem existe a oferta de concessão. O problema do dinheiro são para as áreas em que não existe esse tipo de recurso como saúde, educação... E este é o caminho para lidar com a escassez de recursos públicos. Atrai o investidor para áreas que pode ser concessionada e deixa a receita para áreas que não tem como fazer concessão. Os governos que estão conseguindo multiplicar os investimentos sociais e melhorar a infraestrutura tem na concessão a melhor estratégia. E o novo marco regulatório como no caso do saneamento além de dar segurança para o investidor possibilita que o município concessionário fique com a regulamentação do serviço - o controle -, assim apenas a operação fica com a concessionária. Com esse novo marco regulatório, lei 11.445, existe hoje uma grande oferta de dinheiro para o saneamento. Infelizmente Sete Lagoas não acordou para essa oportunidade que as cidades do país inteiro estão aproveitando. Nós ficamos aqui dizendo que o investidor vem tomar o nosso patrimônio, quando isso não é verdade; vivemos repetindo o velho jargão patrimonialista que leva ao atraso, a ineficiência. É o antigo discurso trapaceiro que quer nos fazer sentir açoitado.

"Sete Lagoas teve o privilegio de ser contemplada, é hora de dispensar?", pergunta ele. Sete Lagoas já mostrei isso diversas vezes fez um péssimo negócio, veja o que vai a seguir e que escrevi na época quando a cidade dispensou a proposta da Copasa para ficar com o PAC que vive empacando. Assim a cidade não foi privilegiada entrou num mal negócio, o tempo vai se encarregar de deixar isso muito claro.

TROCAMOS O CERTO pelo duvidoso. Trocamos investimento por endividamento. Trocamos mais por menos. Quer dizer: a cidade escolheu: 1) ficar com uma promessa; 2) tomar dinheiro a juros [R$ 72 milhões de empréstimo] à receber investimento; 3)R$125 ao invés de R$162 milhões; 4) uma opção onde a parte destinada ao tratamento do esgoto são pífios 10, 7 milhões, quantia muito inferior aos R$64 milhões necessários e ofertados pela Copasa. Mais: escolheu-se a obrigação da contrapartida, para cada centavo aplicado no município.

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