(data original: segunda-feira, 12 de outubro)
Por Raquel Landim, no Estadão:Exportar se tornou um mau negócio no Brasil. A rentabilidade das exportações está no menor patamar de sua história. O real valorizado derrubou o indicador da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) para o nível mais baixo desde 1985, quando a série começou a ser calculada.
As empresas relatam que a demanda externa começou a se recuperar lentamente, depois da queda abrupta nas vendas provocada pela crise global. Os preços dos produtos embarcados pelo País também tiveram uma pequena alta, puxados pelo desempenho das commodities. Mas o real valorizado anulou os ganhos.
“Se não fosse pelo câmbio, as exportações seriam até bastante positivas”, disse a diretora de exportação da A. Grings, dona da marca Piccadilly, Micheline Grings Twigger. Segundo ela, a fabricante de calçados gaúcha percebe uma movimentação do mercado, mas o câmbio deixou seus produtos fora do preço ideal. “Para recuperar os mercados que perdemos, um preço competitivo era essencial.”
O indicador de rentabilidade da Funcex é calculado com base na taxa de câmbio, nos preços das exportações e em uma estimativa de custo das empresas. Em agosto, o índice estava 3,9% abaixo de julho e 11,6% abaixo de agosto de 2008. Segundo Fernando Ribeiro, economista-chefe da Funcex, uma projeção preliminar aponta mais uma queda da rentabilidade da exportação de 1% em setembro.
“As perspectivas são negativas para as margens de lucro dos exportadores, porque não sabemos para onde vai o câmbio. O Brasil está muito atraente para os investidores. A tendência de entrada de capital no País é significativa , o que provoca a valorização da moeda”, explica Ribeiro. Aqui
Por Raquel Landim, no Estadão:Exportar se tornou um mau negócio no Brasil. A rentabilidade das exportações está no menor patamar de sua história. O real valorizado derrubou o indicador da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) para o nível mais baixo desde 1985, quando a série começou a ser calculada.
As empresas relatam que a demanda externa começou a se recuperar lentamente, depois da queda abrupta nas vendas provocada pela crise global. Os preços dos produtos embarcados pelo País também tiveram uma pequena alta, puxados pelo desempenho das commodities. Mas o real valorizado anulou os ganhos.
“Se não fosse pelo câmbio, as exportações seriam até bastante positivas”, disse a diretora de exportação da A. Grings, dona da marca Piccadilly, Micheline Grings Twigger. Segundo ela, a fabricante de calçados gaúcha percebe uma movimentação do mercado, mas o câmbio deixou seus produtos fora do preço ideal. “Para recuperar os mercados que perdemos, um preço competitivo era essencial.”
O indicador de rentabilidade da Funcex é calculado com base na taxa de câmbio, nos preços das exportações e em uma estimativa de custo das empresas. Em agosto, o índice estava 3,9% abaixo de julho e 11,6% abaixo de agosto de 2008. Segundo Fernando Ribeiro, economista-chefe da Funcex, uma projeção preliminar aponta mais uma queda da rentabilidade da exportação de 1% em setembro.
“As perspectivas são negativas para as margens de lucro dos exportadores, porque não sabemos para onde vai o câmbio. O Brasil está muito atraente para os investidores. A tendência de entrada de capital no País é significativa , o que provoca a valorização da moeda”, explica Ribeiro. Aqui
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