Bela maltratada cidade. Sete Lagoas é certamente uma das mais belas cidades que tem em Minas Gerais. Das que eu conheço é a mais bela, e conheço bastante cidades pois trabalhei, como sabem alguns, com pesquisas de mercado e políticas pelo estado. E não é só beleza, Sete Lagoas tem outras grandes qualidades naturais comparativas, como a localização cada vez mais estratégica. Ah, digo cada vez mais pelo contexto criado com a decisão do governador Aécio Neves de privilegiar o "Vetor Norte" - revitalização do Aeroporto de Confins, criação da Cidade Administrativa... Apesar da sorte a falta de infraestrutura de Sete Lagoas é cada vez mais gritante, não é verdade?
Sete Lagoas precisa urgetemente de um choque de investimento na infraestrutura geral: escolas, reurbanização de bairros e centro, saneamento, área da saúde, cultura, lazer e ponha outras tantas necessidades aí. Esse diagnóstico não é díficil de se constatar pelo grau de decadência estrutural da cidade. E, acredite, a maior dificuldade para mudar esse quadro não é dinheiro. É mentalidade. Sete Lagoas ainda não percebeu que é, me permitam, "MUITO MAIS MAIOR DE GRANDE". Sabe aquela frase, "Vê se te enxerga", que usada no sentido depreciativo tentando dizer destinatário da mensagem que ele acha que é mais do que acha que é. Aliás, frase que alguns bucéfalos vivem me mandando, mas estão aqui de manhã, de tarde e de noite, e estes sim precisam se enchergar. Mas adiante. No caso de Sete Lagoas a frase tem cada vez mais um significado e um sentido literal, porém, contrário do sentido popular-pejorativo. O que estou dizendo? Sete Lagoas precisa se enxergar como o que é: uma grande potência. Uma potência que está dormindo é claro.
Sete Lagoas precisa de acordar para si e para o mundo. E só tem um jeito de fazer isso jogar na lata de lixo certas práticas e ideias atrasadas como: o saudosismo nostálgico e acomodador, o bairrismo vagabundo, essa trinca que soma populismo-clientelismo-assistêncialista, mais o elitismo xenófobo e igienista, executado na cidade por certa petista que segue o comando maior sem questionar uma vírgula, não minha senhora? Eta socialismo sem vergonha. Mas pego de novo fio da meada para dizer que é fundamental uma faxina mental para que Sete Lagoas retire a película que não a deixa enxergar a oportunidade que tá perdendo. Nesse sentido, está na cara, Sete Lagoas tem medo do futuro que... já chegou e, por isso, resiste em se enxergar como potência.
E a evidencia que Sete Lagoas não se enxerga pode ser vista nesta constatação expressa pelos moradores e empresários do bairro Eldorado na faixa que dizem "Será que todo prefeito é igual? Ou só troca o CPF". Reparem, no grosso mesmo Maroca é diferente de Leone Maciel, Marcelo Cecé, Ronaldo Canabrava? Maroca é igualzinho até nos detalhes como ir na rádio quando o deputado Márcio Reinaldo está dando uma entrevista, como os outros vai lá para pedir benção ao homem que "ajuda 'Sélagoas'", alguns dizem que a afundar.
Maroca é mesmo muito diferente do seu mentor, o ex-prefeito Afrânio Avelar. Dr. Afrânio que tá bem amolado. E vendo o seu descontentamento com o rumo da cidade perguntei-lhe: "porque o senhor não conversa com o Maroca?" Respondeu-me "quero morrer em paz". E completou dizendo que "estamos olhando pró passado", num triste lamento sobre Maroca. Vale a pergunta: Maroca resistiria como Dr. Afrânio bravamente fez ao se manter como oposição ao regime militar, ou viraria em poucos meses a casaca? Dá, vendo sua adesão-conversão ao deputado Márcio Reinaldo, para imaginar qual seria sua posição, não é? Avancemos.
Para ir arrematando este post e fechando o raciocínio que comecei no "parágrafo tese" onde disse que Sete Lagoas é a bela maltratada completo reafirmando que a cidade precisa de um choque de investimento. Investimento que depende de uma nova mentalidade. Não são PACtoides que vão mudar a nossa realidade. E muito menos esse que estão renovando o anúncio pela centésima vez hoje nos jornais e que vive emPACando, endividando, atrasando a vida de certas cidades que caem na conversa dos mágicos "mãe Dilma" e do "pai Lula", esses escolhidos que tem a chave do paraíso eterno, mas que antes exigem algumas penitências, como é comum nesse tipo de negócio. Concluindo, para Sete Lagoas realizar as suas pontecialidades é preciso rever muitas crenças e esperanças tolas que faz o município ficar emPACado com essa infraestrutura que já faliu há muito tempo, junto com a mentalidade obsoleta.
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