Lula comprou com dinheiro por um longo período, até ser descoberto, a democracia, o Congresso -, com o mensalão. Azeredo financiou a campanha com a mesma fonte, diz a acusação. Ambos assim teriam cometido crime. Que claro precisavam ser processados e julgados culpados.
Eduardo Azeredo (PSDB) está em vias de ser processado, caso o Supremo aceite a acusação do Ministério Público; Lula não, o Ministério Público o eximiu de responsabilidade previamente, preservando-o de acusação.
A suspeita de crime praticado pelo presidente é milhões de vezes mais grave que a do então governador de Minas. Lula teria orquestrado a "Organização Criminosa" para financiar a base de apoio, comprando os parlamentares com seus respectivos votos. Azeredo por seu lado teria financiado a sua campanha com dinheiro público.
As provas do crime que teria cometido o presidente são fartas, como o Brasil testemunhou em 2005. As provas contra Azeredo são frágeis, chegando ao ponto do ministro-relator, Joaquim Barbosa, se apegar a um recibo falso para sustentar a acusação.
Neste contexto a justiça faz injustiça, porque pode quem não há provas contra si ser processado e incriminado pelo seu suposto delito com "provas" falsas. O outro a quem pesa contra si crimes mais graves com provas mais robustas nem ao menos foi acusado. Tá aí a injustiça, porque justiça antes de tudo é justa. Será que no Brasil ser Lula é ter até o direito de cometer crimes impunemente? Sim, não é mesmo?
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