(DATA ORIGINAL DAS POSTAGEM: 09/11/09, ÀS 11:33)
Esta materia a seguir havia me passado despercebida. Ela trata dos impecílios para o cumprimento da Meta 2010 e diz que Sete Lagoas é uma pedra no caminho, assim como Sabará. Na mesma revista do Projeto Manuelzão tem uma fala do prefeito de Sete Lagoas. “O que foi passado para o Manuelzão não é a realidade. Sete Lagoas já fez várias coisas para o tratamento de esgoto e foi tachada de monstro.” Gostaria saber o que Sete Lagoas já fez para tratar o esgoto. Leiam a matéria:
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A Expedição passou. Com algumas pedras no meio do caminho, a viagem era interrompida: será possível navegar, pescar e nadar no Rio das Velhas? Em alguns lugares sentia-se o êxito da empreitada, já em outros a sensação era de que a Meta estava longe de ser alcançada.
A maior parte das cidades conseguiu equacionar o problema do tratamento de esgoto, que é prioridade para a revitalização da bacia. Elas fizeram seus projetos, conseguiram os recursos e algumas até iniciaram as obras. Mas outras como Sabará, que lança seus esgotos in natura no Rio Sabará, Velhas e no Córrego Cebola, e Sete Lagoas, que lança nos córregos Matadouro, Tropeiro e Diogo, ainda não resolveram seus problemas. Além disso, o distrito de Sabará, General Carneiro, lança seus efluentes no Ribeirão Arrudas depois da Estação de Tratamento (ETE).
De acordo com um dos coordenadores do Projeto Manuelzão, Thomaz da Matta Machado, o problema é que as duas cidades são de grande porte, com mais de 200 mil habitantes, não captaram recursos e nem definiram efetivamente ações para o tratamento de esgoto.
Soluções que são fundamentais para a Meta 2010.
Luz e sombra
Expedicionários e moradores debateram intensamente, durante a Expedição, os problemas de Sete Lagoas. A capacidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, foi um dos pontos de discussão. Segundo o superintendente de comunicação da Copasa, Henrique Bandeira, em 2007 a empresa ofereceu para o município a substituição de encanamento, implementação de interceptores e a construção de uma estação de tratamento para o esgoto da cidade. Em troca, a Copasa assumiria os serviços de água e saneamento. O custo das obras era de 65 milhões de reais. “As redes de esgoto que encontramos eram mal dimensionadas, muitas vezes com interligação de esgoto com água de chuva, o que provoca refluxo de esgoto dentro da casa e mau cheiro nas bocas de lobo”, explica.
Para o prefeito de Sete Lagoas, Mario Campolina, Maroca, não houve um encaminhamento adequado das propostas da Copasa, que teriam sido pouco debatidas. Além disso, para o secretário de meio ambiente de Sete Lagoas, Lairson Couto, parte da população acreditava que o SAAE não precisaria ser substituído pela Copasa. “Por causa desse sentimento de que o SAAE é nosso, a população e os políticos se dividiram e o prefeito da época, na véspera das eleições, decidiu optar pelo SAAE”, esclarece. Apesar dos problemas administrativos e da falta de recursos, para o secretário, ele tem solução. “O SAAE tem recuperação, o que falta é vontade política e dinheiro. O que o Estado fez para
ajudar Sete Lagoas?”, questiona.
ajudar Sete Lagoas?”, questiona.
Segundo o prefeito, atualmente o município está buscando recursos no Ministério das Cidades para a construção de uma grande ETE no Córrego Matadouro, orçada em 50 milhões. O projeto já está em Brasília e Sete Lagoas aguarda a liberação dos recursos.
Além disso, Lairson explica que o município pretende recuperar pequenas ETEs distribuídas na cidade que teriam a capacidade de tratar cerca de 3% dos efluentes e está construindo emissários de esgoto, no córrego do Matadouro. O município conta ainda com 23 milhões de reais para o projeto de urbanização de favelas e retirada de pessoas que moram próximas aos leitos dos córregos.
Com a execução desse projeto, segundo Lairson, o município irá tratar cerca de 80% do esgoto. E resume: “Antes faltava vontade política, isso não falta mais, só recursos”. A expectativa, segundo o prefeito, é que as obras fiquem prontas em um ano e meio.
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