quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SETE LAGOAS, AQUI TAMBÉM É UMA VENEZUELA

A Venezuela é aqui? Lá o presidente Chaves "pediu o vice-presidente Ramón Carrizález que corte o abastecimento de órgãos governamentais que desperdiçam eletricidade. “Se acontecer uma vez, corte por um dia; se acontecer uma segunda vez, corte por um mês; se acontecer uma terceira, corte para sempre, até nova ordem”.

Aqui o presidente do SAAE, Ronaldo Andrade, pediu aos funcionários que “DURANTE AS SUAS ATIVIDADES, OU NÃO, APONTEM POR ESCRITO OS ENDEREÇOS ONDE PRESENCIAREM O MAU USO OU DESPERDÍCIO DE ÁGUA. A ADMINISTRAÇÃO ENVIARÁ CARTAS DE AVISO E ADVERTÊNCIA, ALÉM DE APLICAR OS ARTIGOS 152 E 153 DA LEI 5.749 DE 1998, PERMITE AUTARQUIA EFETUAR CORTE DE FORNECIMENTO”.

O que mais temos em comum, a falta de escolas, coleta de lixo eficiênte, leitos hospitalares, racionamento de água e o discurso. Aqui como lá o discurso da "suficiência" interna é o grande chavão na boca dos políticos. Será que como lá, aqui vai se recomendar o banho de 1, 2, 3 minutos?

Pode parecer que não, mas Sete Lagoas sofre do mesmo mal que a Venezuela. O velho lero, lero, da autosuficiência que leva justamente a insuficiência e ao racionamento de bens para população. Mas é comum nestes casos que a elite dirigente tenha acesso, com fartura, aos bens que são negados a população.

Encerro, com algumas perguntas ao presidente do SAAE, Sr. Ronaldo Andrade:

a) Sr. Ronaldo de
quantos litros são o reservatório de água de sua casa?

b) Em sua casa, o Sr. usa abrandador para retirar o calcário da água?

c) Antes de tornar-se presidente do SAAE, o Sr., por acaso, conheceu alguém que tenha feito gato na ligação de água, tanto na empresa quanto em sua residência?

Adendo:

Do Estadão online, esta notícia da venezuela poderia ser de Sete Lagoas, ou talvez não, porque a situação aqui pode ser bem pior, não é mesmo?:

Racionamento de água. Nesta semana, o governo da Venezuela iniciou um programa de racionamento de água na capital, Caracas. Diversos distritos da cidade ficarão 48 horas sem água na próxima semana. Segundo a BBC, a medida é uma tentativa de lidar com o déficit hídrico de 25% e deve permanecer em vigor por seis meses, até o retorno da estação de chuvas no país. Chávez pediu aos venezuelanos que parassem de “cantar no chuveiro” e não tomassem banhos de mais de três minutos.

Da revista Veja:

A VEJA que está nas bancas traz uma reportagem de Duda Teixeira sobre os desastres da economia venezuelana, cujos números estão sintetizados no quadro abaixo (clique na imagem para ampliá-la). Chávez conduz o seu país para o desastre:

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