sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

É A NATUREZA PETRALHA

Apontei ontem o acintoso texto do secretário de Planejamento que coloca o prefeito em maus lençõis ao questionar publicamente se "NÃO SERIA, DO PONTO DE VISTA PÚBLICO E ÉTICO, EXIGÍVEL A PRESENAÇA DA SECRETÁRIA NA TAL REUNIÃO COM O PREFEITO, PARA EXERCER SEU DIREITO DE DEFESA?" Repare que se a "tal reunião" ocorreu, a pessoa que faltou com a ética foi o Sr. Mário Márcio Campolina Paiva. Se a "tal reunião" não ocorreu aí é ainda pior porque depois que o SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO faz tal indagação que tem que ser confirmada, esclarecida ou negada pelo prefeito sempre haverá dúvida, agora, sobre o comportamento ético do prefeito Maroca.

E veja ele está questionando: "É VERDADE QUE ESSA REUNIÃO OCORREU EM CIRCUNSTÂNCIAS BASTANTE CURIOSAS, TENDO SIDO MARCADA EM CIMA DA HORA, NO GABINETE DO PREFEITO E TRANSFERIDA, NA HORA, POR PESSOA ESTRANHA AO CONSELHO E AO ASSUNTO, PARA OUTRO LUGAR PRÓXIMO E MAIS DISCRETO? Ou seja, o secretário Flávio de Castro está perguntando publicamente se o seu chefe, o prefeito de Sete Lagoas, faz reuniões as escodidas e em "circunstâncias" "curiosas". Reconheço que o Flávio está no mínimo ajudando a sociedade, mas agora mesmo não sendo verídico isso vai levar o povo a questionar qual é o comportamento do prefeito e o que claro vai fazer muita gente temer se o prefeito vive tramando as escondidas. E caso o prefeito não tiver participado de tal trama, "conspiração"? Quem agora vai acreditar que isso não aconteceu após o próprio secretário de Planejamento levantar essa suspeita com o questionamento? Afinal é um homem de confiança do prefeito que está indagando vai pensar a população.

Sim, se as respostas forem negativas e o prefeito não tiver participado de nada disso o estrago está feito. Mas seus questionamentos públicos revelam um profundo desaranjo no governo. Do contrário sondagens do petista Flávio seriam feitas internamente ao prefeito, ao fazê-la dessa forma faz com que cada um de nós também indaguem ao prefeito.

Os leitores acompanham o meu rigor e minha crítica pública ao governo Maroca. Bem, eu me sinto totalmente a vontade para indagar, criticar e expor o que acontece no governo Maroca. Mas para isso eu que não concordava com atitude do então colega, o Maroca que era presidente do PSDB e eu secretário do partido renunciei ao cargo de secretário e desfiliei da agremiação. E por que estou dizendo isso? Porque por mais que eu condiere valoroso essa atitude do Flávio de ajudar a sociedade a conhecer o caráter do prefeito, mesmo que ele tente minimizá-la e justificar até antecipadamente isso, o certo é ele se quizer expor o governo deve deixá-lo primeiro. A propósito em Sete Lagoas o PT não tendo a coragem disputar eleição acaba indo para o governo de plantão - do qual sempre discorda de tudo porque sente-se portador de uma verdade superior - como fez nos três últimas gestões, Canabrava, Leone e agora Maroca, não exatamente para integrá-lo e auxiliá-lo, ao contrário até tenta uma vez lá usurpar-lhe, sobretudo, com a tentativa de implantar suas teses que seriam superiores. Fazem isso porque encontram governos sem rumo, sem projeto e sem liderança, que acabam caindo na lábia dos companheiros e dando-lhes uma boquinha até serem traídos por eles. É a natureza petralha.

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