Leiam a entrevista de Itamar Franco ao Estado de Minas:
Tucanos correm risco de perder por WO, diz Itamar
Por Ricardo Beghini - Estado de Minas
Um dia depois de condicionar seu futuro político à decisão do governador Aécio Neves (PSDB) em relação às eleições deste ano, o ex-presidente Itamar Franco (PPS) afirma em entrevista ao Estado de Minas que a posição de Aécio de não aceitar a vaga de vice na chapa encabeçada pelo governador paulista, José Serra (PSDB), tem de ser respeitada. “Esse assunto cessou. Vou dizer que o partido não se envolva em solicitar que ele seja vice.” Defensor da candidatura de Aécio à Presidência da República, Itamar considera que Minas só tem a lamentar com a decisão de Aécio e condena a postura do PSDB paulista, que pretende anunciar a candidatura apenas em março. “Os tucanos não têm tido velocidade inicial para enfrentar a Dilma”, diz referindo-se à candidata do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Quanto a uma provável candidatura sua a uma das vagas de Minas no Senado, Itamar diz que aguarda a decisão do seu partido. “Estou sentado no banco de reservas, sem chuteiras”, afirma o ex-presidente.
Como o senhor avalia a posição do governador Aécio Neves (PSDB) de não sair candidato como vice de Serra (PSDB) e de concorrer a uma vaga do Senado?
Acho que é uma decisão pessoal do governador. Ele referenda uma posição que já tinha tomado. Não tenho o que comentar, a não ser respeitar a decisão dele. Fui o primeiro, senão um dos primeiros, a defender a candidatura (a presidente) do governador Aécio. No momento em que ele deu uma entrevista muito forte, eu não tenho mais nada o que comentar.
Mas o presidente de seu partido, Roberto Freire, defende uma chapa puro-sangue tucana, com Aécio como vice?
O Roberto Freire tem uma posição que não é a minha. Vamos discutir isso, possivelmente, dia 25. O desejo do Aécio de não querer ser vice é muito pessoal. Então, ninguém pode dar mais palpite. Exatamente porque o governador foi muito enfático. Este é um assunto que cessou. Vou dizer que o partido não se envolva em solicitar que ele seja vice.
O que o senhor pensa da decisão do governador de desistir do Palácio do Planalto?
Hoje, a decisão é definitiva e acho que Minas só tem a lamentar isso, que ocorreu pela condução do PSDB paulista.
Com o Senhor avalia a postura do tucanato paulista, que pretende definir o candidato à Presidência só em março?
Uma candidatura presidencial tem que ser trabalhada. Não pode ser voo solo. Tem que se organizar e somar com outros partidos. Acho que o PSDB está ficando numa situação muito difícil. A oposição vai ter muitas dificuldades. A posição paulista vai atrapalhar o processo eleitoral da oposição. Só estranho que o PSDB quer forçar o Aécio a ser vice e não faz o Serra assumir a candidatura. É um jogo estranho.
A disputa para as duas cadeiras de Minas no Senado está se desenhando como uma das mais acirradas do país, com nome fortes, como Aécio, José Alencar (PR), Patrus (PT) ou Pimentel (PT) e Hélio Costa (PMDB). O senhor estaria disposto a entrar nesta briga?
São conjecturas. Eu nunca, quando entrei numa candidatura, desde a prefeito de Juiz de Fora, olhei o adversário. Com essa decisão do governador, vou conversar agora com o meu partido dia 25 e ver o que o partido esta pensando. Nada vou fazer agora sem ouvir o meu partido. Quem vai decidir isso no fundo é o eleitor. Estou sentado no banco de reservas, sem chuteiras.
Esta semana especulou-se que o senhor poderia sair candidato como vice de Serra. O que senhor pensa desta possibilidade?
Primeiro, não estou pleiteando e nem me oferecendo. O candidato a vice não se escolhe. O figurante principal é quem escolhe. Bobagem dizer que vai ser vice de fulano ou de sicrano. Quem escolhe é o candidato. Continue lendo clique aqui
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