Ao receber das mãos do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), uma medalha para condecorar os que prestam serviços à cidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez a menor questão de economizar nas menções às enchentes que assolam a capital e se transformaram em tema recorrente de críticas à prefeitura. Ao lado do governador José Serra (PSDB), antecessor de Kassab e também homenageado, Lula discorreu minutos a fio sobre transtornos causados pela chuva que vivenciou desde que veio do Nordeste, ainda na década de 50.
Recheado de afagos ao prefeito e de acenos ao governador, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, o discurso de Lula foi logo entendido como uma alfinetada por tucanos e petistas que assistiam à solenidade. Kassab já havia mencionado o assunto. Mas foi Lula quem entrou a fundo no tema. Na saída, alguns representantes do PT nem sequer disfarçavam as risadas ao lembrar do teor da fala.
Recheado de afagos ao prefeito e de acenos ao governador, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, o discurso de Lula foi logo entendido como uma alfinetada por tucanos e petistas que assistiam à solenidade. Kassab já havia mencionado o assunto. Mas foi Lula quem entrou a fundo no tema. Na saída, alguns representantes do PT nem sequer disfarçavam as risadas ao lembrar do teor da fala.
Leia posts que trato da maneira da maneira de lidar com este madrando, o Lula:
Armadilha Federal: Reajam ou Rendam-se Prefeitos!
Enquanto um grupo de estudantes, militantes do PC do B e moradores do Jardim Pantanal protestava em frente à prefeitura, do lado de dentro Lula lembrava que, em 1957, se mudou de Santos para a capital paulista, mais especificamente para a Vila Carioca, "na Rua Ouro Verde 1.156". "Dava enchente todo final de ano. Não é de hoje que dá enchente", comentou.
Enquanto isso, Serra e Kassab não tiravam do rosto a expressão pesada. Custaram para ensaiar uma risada até quando o presidente fez uma brincadeira, dizendo que "obviamente gostava" dos dias de enchente. "Não tinha que trabalhar naquele dia", disse.
Acompanhado do vice, José Alencar, Lula contou ter se mudado para a Ponte Preta, "numa casa novinha, que cheirava a tinta". "Nos meses de dezembro e janeiro, peguei três enchentes, de entrar um metro e meio dentro de casa." Passou por situação semelhante em São Caetano do Sul, na região metropolitana, e no Parque Bristol. No Jardim Patente, "um lugar alto", escapou do problema. "E eu tenho a convicção de que São Paulo tem muito mais coisas boas do que coisas ruins. E muitas vezes as coisas boas não aparecem", prosseguiu.
Ao fim do discurso, Lula pediu a Kassab e a Serra que dessem "um presente para a cidade". Propôs uma parceria para solucionar este e outros problemas. Disse que prepara o orçamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e disse querer a presença de Kassab na negociação. "Não é culpa do prefeito, do governador ou do presidente individualmente. Possivelmente seja culpa de todos nós", amenizou.
Kassab, que em sua fala havia descrito Lula como "o símbolo vivo do Brasil que desafia a adversidade", preferiu não polemizar. Indagado se vira no discurso do presidente uma provocação, respondeu: "Imagina. Ele foi muito humano. Mostrou que tem carinho, conhecimento dos desafios que existem na cidade hoje e dos desafios que já foram superados. Mostrou que ele mereceu a homenagem."
TEMPORAL
Depois de tanto falar de chuva em São Paulo, Lula viu um forte temporal no Rio estragar a festa preparada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, para inauguração de uma creche na comunidade Entre Rios. A creche foi batizada com o nome da médica Zilda Arns, missionária da Pastoral da Criança morta no terremoto do Haiti.
Lula fez rápido discurso e, com a festa interrompida pela chuva, prometeu voltar no fim do ano para inaugurar outras obras.
Enquanto um grupo de estudantes, militantes do PC do B e moradores do Jardim Pantanal protestava em frente à prefeitura, do lado de dentro Lula lembrava que, em 1957, se mudou de Santos para a capital paulista, mais especificamente para a Vila Carioca, "na Rua Ouro Verde 1.156". "Dava enchente todo final de ano. Não é de hoje que dá enchente", comentou.
Enquanto isso, Serra e Kassab não tiravam do rosto a expressão pesada. Custaram para ensaiar uma risada até quando o presidente fez uma brincadeira, dizendo que "obviamente gostava" dos dias de enchente. "Não tinha que trabalhar naquele dia", disse.
Acompanhado do vice, José Alencar, Lula contou ter se mudado para a Ponte Preta, "numa casa novinha, que cheirava a tinta". "Nos meses de dezembro e janeiro, peguei três enchentes, de entrar um metro e meio dentro de casa." Passou por situação semelhante em São Caetano do Sul, na região metropolitana, e no Parque Bristol. No Jardim Patente, "um lugar alto", escapou do problema. "E eu tenho a convicção de que São Paulo tem muito mais coisas boas do que coisas ruins. E muitas vezes as coisas boas não aparecem", prosseguiu.
Ao fim do discurso, Lula pediu a Kassab e a Serra que dessem "um presente para a cidade". Propôs uma parceria para solucionar este e outros problemas. Disse que prepara o orçamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e disse querer a presença de Kassab na negociação. "Não é culpa do prefeito, do governador ou do presidente individualmente. Possivelmente seja culpa de todos nós", amenizou.
Kassab, que em sua fala havia descrito Lula como "o símbolo vivo do Brasil que desafia a adversidade", preferiu não polemizar. Indagado se vira no discurso do presidente uma provocação, respondeu: "Imagina. Ele foi muito humano. Mostrou que tem carinho, conhecimento dos desafios que existem na cidade hoje e dos desafios que já foram superados. Mostrou que ele mereceu a homenagem."
TEMPORAL
Depois de tanto falar de chuva em São Paulo, Lula viu um forte temporal no Rio estragar a festa preparada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, para inauguração de uma creche na comunidade Entre Rios. A creche foi batizada com o nome da médica Zilda Arns, missionária da Pastoral da Criança morta no terremoto do Haiti.
Lula fez rápido discurso e, com a festa interrompida pela chuva, prometeu voltar no fim do ano para inaugurar outras obras.
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