quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

José Serra que em 2001 indicou Zilda Arns para o Prêmio Nobel da Paz, decretou luto oficial no Estado de São Paulo pela sua morte


da Folha Online:
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), decretou nesta quarta-feira luto oficial de três dias no Estado pela morte da médica e fundadora da Pastoral da Criança Zilda Arns, 75, vítima do terremoto que atingiu o Haiti ontem. A médica estava na cidade de Porto Príncipe, capital do país, em uma missão humanitária.
Em nota, Serra disse que perdeu uma amiga "muito querida" ao lamentar a morte de Zilda Arns. Para o governador, ela era uma mulher extraordinária que simbolizava "como ninguém" o trabalho da Pastoral da Criança --que tem mais de 150 mil voluntários em 3.400 mil municípios do país.
Serra também destacou o trabalho de Zilda à frente da pastoral durante o período em que foi ministro da Saúde, o que, segundo ele, contribuiu no combate à mortalidade infantil. O governador também lembrou que foi esse trabalho que o motivou a indicá-la ao prêmio Nobel da Paz, em 2001.
"A forte queda da mortalidade [infantil] deve-se muito à ação da pastoral. Por isso mesmo, em 2001 coordenei a proposta de outorga do prêmio Nobel da Paz à dona Zilda, proposta essa que obteve grande apoio em todo o Brasil e no exterior", disse o governador na nota.
Além de Serra, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), também decretou luto oficial de três dias no Estado pela morte de Zilda Arns.
Zilda estava em missão no país e faria uma palestra nesta quarta-feira. Segundo informações preliminares, na hora do terremoto, Zilda estaria caminhando pelas ruas de Porto Príncipe, ao lado de alguns militares brasileiros, quando foi atingida pelos escombros de um prédio. Outros dez militares brasileiros também morreram em consequência do terremoto e outros cinco ficaram feriados.
Médica pediatra e sanitarista, Zilda fundou e coordenava a Pastoral da Criança no Brasil, órgão de ação social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

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