Por Rafael Gomes e Murilo Rocha, no O Tempo:
São Paulo e Belo Horizonte. Convidado para um almoço ontem na casa do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, o governador Aécio Neves foi "consultado" formalmente pelas principais lideranças do partido, pela primeira vez desde a sua desistência de disputar à Presidência da República, sobre a possibilidade de ser vice em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Mesmo sem insistirem ou pressionarem o governador, FHC, o presidente nacional da legenda, o senador Sérgio Guerra (PE) e o também senador tucano Tasso Jereissati (CE), amigo de Aécio, tentaram convencer o mineiro a pelo menos analisar a tese da chapa puro-sangue, considerada ideal para nove entre cada dez tucanos.
Aécio, no entanto, manteve-se na defensiva e voltou a refutar a ideia de participar da disputa presidencial, repetindo estar voltado para as eleições em Minas. Além da provável candidatura ao Senado, o governador mineiro vai se esforçar para eleger o vice, Antonio Anastasia, como seu sucessor.
"Servimos carne assada e cuscuz à paulista. O Aécio é muito mineiro, precisa comer pratos paulistas", brincou FHC, na saída do encontro. Um dos principais entusiastas da dobradinha Serra-Aécio, o ex-presidente garantiu não ter insistido ontem na tese puro-sangue. "Ninguém está insistindo. Estamos tranquilos. Queremos ganhar a eleição", disse o tucano.
PPS
Pressão. O deputado federal e ex-ministro Raul Jungmann (PPS) disse ontem que o governador Aécio Neves não deverá resistir à pressão para aceitar ser vice na chapa de José Serra e aceitará o cargo até março.
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