Por Silvia Dalben - Portal Uai:
O prefeito de Mariana, Roque José de Oliveira Camello (PSDB), e o vice-prefeito, José Antunes Vieira (PR), foram afastados dos cargos na tarde desta sexta-feira por determinação do juiz da 171ª zona eleitoral, Antônio Carlos Braga.
Os dois políticos enfrentavam processo de cassação desde 2008 e serão substituídos pelo Presidente da Câmara Municipal até a diplomação da segunda colocada nas eleições municipais, Terezinha Severino Ramos (PTB), e de seu vice Roberto Rodrigues, o que deve ocorrer nesta segunda-feira.
A decisão do juiz pelo afastamento de Roque Camello seguiu a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 2 de fevereiro, que confirmou o entendimento de que a defesa recorreu fora do prazo contra a sentença dada pela Justiça Eleitoral de Mariana.
Um ano depois das eleições, 41 cidades mineiras não têm prefeito definido Essa é a segunda derrota de Camello no TSE. Em abril do ano passado, o tribunal decidiu que o recurso contra a sentença de cassação aceito pelo TRE-MG não deveria ter nem sido analisado, pois foi apresentado fora do prazo determinado pela legislação eleitoral. Apesar disso, o TSE concordou em manter Camello no cargo até o julgamento de eventuais recursos apresentados pelas partes interessadas no caso.
ENTENDA O CASO
O TSE cassou o mandato de Roque Camello após acusação de compra de votos na campanha eleitoral. Ele teria participado de uma reunião com professores não-concursados e prometido que manteria todos no cargo caso fosse eleito.
Terezinha, a segunda colocada das eleições que assume a prefeitura nesta segunda-feira, só entrou na disputa após a morte de seu marido, o pré-candidato e ex-prefeito João Ramos. Ele foi assassinado em maio de 2008 durante a escolha de candidaturas e, de acordo com a Polícia Civil, o crime foi eleitoral.
O inquérito da polícia foi concluído três meses depois e indiciou Francisco de Assis Ferreira Carneiro, conhecido como Chico da Farmácia e mandante do crime, e dois motoqueiros autores dos disparos. Chico da Farmácia teria encomendado a morte de João Ramos por considerá-lo um forte concorrente nas eleições. Ele ficou preso pouco mais de um ano e foi solto em outubro de 2009.
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