quinta-feira, 25 de março de 2010

A DECISÃO DO GOVERNO AÉCIO QUE REVELOU UMA GRANDE MENTIRA DO PREFEITO MAROCA

Comparem com atenção estas duas posições abaixo: a 1ª é a AFIRMAÇÃO do prefeito Maroca, que assegurou que o GOVERNO DO ESTADO NÃO queria um HOSPITAL GERAL EM Sete Lagoas para NÃO FAZER CONCORRÊNCIA com o HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS; 2ª é a DECISÃO do GOVERNO DO ESTADO DE CONSTRUIR UM... HOSPITAL GERAL para 600 mil habitantes. Comento em seguida.

1ª O QUE MAROCA ASSEGURA, DIZ, E PODE SER OUVIDO NO AÚDIO ABAIXO:
"Está garantido. Nós queremos já licitar o Hospital... é Regional, agora já no mês de outubro. E o mais rápido possível essas obras serão iniciadas. O que dependiamos de uma adequação do projeto, o projeto não foi aceito pelo secretário de Saúde, Dr. Marcus Pestana. O projeto não foi aceito. Porque não era isso a intenção do estado era colocar aqui um Hospital Regional de urgência e emergência, NÃO HOSPITAL GERAL, PRA FAZER AÍ, UMA CERTA CONCORRÊNCIA COM O HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS."

2ª A DECISÃO DO GOVERNO DO ESTADO (por Celso Martinelli):
O hospital regional é uma reivindicação antiga da população dos municípios no entorno de Sete Lagoas. A unidade fará atendimento de urgência e emergência de alta complexidade. TERÁ 143 LEITOS DE INTERNAÇÃO GERAL, 37 de atendimento de emergência e 40 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). NO HOSPITAL, SERÃO ATENDIDAS ÀS ESPECIALIDADES DE CLÍNICA MÉDICA, PEDIATRIA, CLÍNICA CIRÚRGICA, ORTOPEDIA E NEUROLOGIA.

Comento
O prefeito Maroca usou o nome do governo do Estado para proteger o Hospital Nossa Senhora das Graças? Ou ele não tem a menor noção do que os 600 mil habitantes da região precisavam? E diante da sua falta carpintaria é fácil presumir que alguém que não conhecia a necessidade da população, mas a verdade é que o PREFEITO de Sete Lagoas não quer nem conhecer a necessidade da população. Quanto a ele querer proteger o hospital usando o Governo do Estado acho que a DECISÃO do Governo do Estado fala mais que qualquer tanto de coisa que eu disser aqui, não é mesmo? Ou será que de uma hora para a outra o Governo do Estado resolveu construir 143 leitos de internação GERAL e apenas 37 de atendimento de EMERGÊNCIA? EXATAMENTE O INVERSO QUE ASSEGURA O PREFEITO MAROCA.

A verdade mesmo é que eles estão tendo que ENGOLIR UM HOSPITAL REGIONAL, eles deram todo tipo demonstração que não gostariam de ter um hospital público e de qualidade para a população, e assim, pudessem garantir clientela ao hospital do coração deles, o Nossa Senhora das Graças. A inversão criminosa de foco na necessidade do hospital particular em detrimento a necessidade da população foi farta e peremptoriamente demonstrada por eles. Mais: está GRAVADA COMO O ÁUDIO ABAIXO!!!

O fato é que se não fosse o Governo do Estado a ofertar um hospital para necessidade da população, eles não fariam nenhum esforço para ter um que atendesse a demanda dela. Como provaram o raciocínio deles é o contrário. Demonstrei quem eles são neste texto, que considero o mais importe artigo que já fiz neste blog, porque foi o ponta pé de resistência a xenofobia higienista dessa gente pobre burguesa de práticas tão primárias quanto mesquinhas. Aliás, neste texto de 4 de março do ano passado, com 60 dias de governo eu comecei a tirar-lhes a mascara e mostrar o quanto era falso como nota de 3, aquela imagem de um Maroca “muito humano”. Por isso, é fácil compreender porque eles são tão carinhosos e humanos comigo.

Olhem, amigos leitores, se dependesse só deles perderíamos o Hospital Regional e ficaríamos com um pronto socorrozinho, como perdemos até agora 4 escolas, um posto de saúde, as casas da Rodobéns, e se não fosse a reação da Câmara e outras pessoas, o Restaurante do Trabalhador também, sem contar as coisas que estou me esquecendo. Bem, pra fechar fiquem com um pedacinho do artigo inaugural, que disse que o considerava o mais importante no processo de resistência ao que representa o governo Maroca para população:

A realidade é muito dura tanto para quem governa como para quem é governado, para nos darmos ao luxo de cultivar fantasias. Conheço suficientemente bem Maroca para entender o quanto está sendo duro para ele o exercício do poder. Ele olha e vê a cidade do passado a população olha e vê através do mito criado a cidade do futuro. E medida que as expectativas conflitantes vão se desnudando ocorre o confronto. Já está ocorrendo. Se eu tivesse que fazer uma aposta, diria que o prefeito sofre menos com a pressão de administrar nesta crise do que com a frustração ver-se impedido de usar o poder para realizar o sonho regressivo.

O ÁUDIO DA FALA DO PREFEITO MAROCA:

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