Um dado me chamou bastante atenção no levantamento do Datafolha, foi o percentual de entrevistados que afirmou que votaria em um candidato apoiado por Lula nas eleições presidenciais deste ano, que caiu de 42% para 40 por cento. Isso acontece num momento em o Lula alcança o recorde de aprovação no Datafolha de 76%, um aumento de 3 por cento frente ao levantamento do mesmo instituto em fevereiro. O que pode significar esse movimento? Que os eleitores à medida que eles vão descobrindo quem é seu candidato, no caso a Dilma Rousseff, vão se divorciando do presidente nesta sua escolha.
Esse paradoxo entre o aumento na aprovação do Lula e queda na intenção de votar em um candidato apoiado por ele pode revelar uma escolha ingênua do presidente. Lula parece que subestimou a inteligência do eleitor. Ele, o eleitor, aprova Lula, mas é fiel a sim mesmo, reconhece que a coisas vão bem, mas quer que elas continuem melhorando. E é nesse ponto entra o pragmatismo do eleitor que pensa: "quem é essa mulher?"
Lula levou muitos e muitos anos para conquistar a confiança do eleitor, mas Dilma é uma ilustre desconhecida. Ou seja, Lula é Lula, Dilma quem é? Por mais que o presidente diga que o Brasil começou depois dele, o eleitor sabe que foi a manutenção meritória pelo seu governo da economia e dos programas sociais herdados do governo anterior os responsáveis pelos avanços, que ora o país experimenta. Dilma é como o PAC, uma criação que vai perdendo o brilho. Carimbá-la como quer o presidente como a mãe do PAC é fácil, o problema é que a sociedade já descobriu que o programa não passa de um rótulo ilusório. Esse artificialismo que o marketeiro PAC não da a ministra um lastro do boa gestora como é caso de seu competidor o experiente José Serra, neste particular até o Anastasia candidato a governador de minas leva vantagem sobre a ministra como explico melhor abaixo. Mas o fato é que o eleitor que pretendia votar num candidato governista e começa a mudar de idéia.
Reparem que Dilma pode ser fator provocador dessa mudança dos eleitores que pretendiam votar num candidato apoiado pelo Lula, mas ao deparar "com essa mulher"[é assim o eleitor a trata em levantamentos qualitativos a ministra] começam a rever a sua posição. Entendo que o Datafolha captou uma tendência de reversão na intenção de votos num candidato apoiado pelo presidente. Vejam que 58% do eleitorado já sabe que Dilma é a candidata governista com apenas 5% pensando que Serra é o escolhido por Lula, entretanto, eles estão empatados na base lulista, ela com 33%, enquanto o peessedebista tem 32 por cento.
Minas e Brasil
Noto ainda uma diferença entre a situação de Minas e do Brasil, apesar das aparentes semelhanças na escolha dos candidatos a sucessão feita por Aécio e Lula, que escolheram respectivamente seus candidatos Antônio Anastasia e Dilma Rousseff. Vamos fatos. Resposta: quem é o esteio do governo Aécio nestes oito anos? Anastasia; quem é esteio do governo Lula nestes oito anos? Dilma? Não, não e não. É o presidente do Banco Central, Henrique Meireles (ex-PSDB).
Desta feita, dizer que Antônio Anastasia é a garantia de que Minas vai continuar avançando para o eleitor que aprova Aécio é reconhecido como verdade, portanto, verossímil. Mas é crível afirmar a mesma coisa para a chefe da Casa Civil em relação o Brasil? Não. E por que faço essa comparação porque ambos não possuem experiência eleitoral autônoma, ainda, que neste particular o professor já seja o vice-governador eleito e vai virar o governador a partir de abril. Mas dizer que os dois são postes, acho que é simplificar demais as coisas.
Esse paradoxo entre o aumento na aprovação do Lula e queda na intenção de votar em um candidato apoiado por ele pode revelar uma escolha ingênua do presidente. Lula parece que subestimou a inteligência do eleitor. Ele, o eleitor, aprova Lula, mas é fiel a sim mesmo, reconhece que a coisas vão bem, mas quer que elas continuem melhorando. E é nesse ponto entra o pragmatismo do eleitor que pensa: "quem é essa mulher?"
Lula levou muitos e muitos anos para conquistar a confiança do eleitor, mas Dilma é uma ilustre desconhecida. Ou seja, Lula é Lula, Dilma quem é? Por mais que o presidente diga que o Brasil começou depois dele, o eleitor sabe que foi a manutenção meritória pelo seu governo da economia e dos programas sociais herdados do governo anterior os responsáveis pelos avanços, que ora o país experimenta. Dilma é como o PAC, uma criação que vai perdendo o brilho. Carimbá-la como quer o presidente como a mãe do PAC é fácil, o problema é que a sociedade já descobriu que o programa não passa de um rótulo ilusório. Esse artificialismo que o marketeiro PAC não da a ministra um lastro do boa gestora como é caso de seu competidor o experiente José Serra, neste particular até o Anastasia candidato a governador de minas leva vantagem sobre a ministra como explico melhor abaixo. Mas o fato é que o eleitor que pretendia votar num candidato governista e começa a mudar de idéia.
Reparem que Dilma pode ser fator provocador dessa mudança dos eleitores que pretendiam votar num candidato apoiado pelo Lula, mas ao deparar "com essa mulher"[é assim o eleitor a trata em levantamentos qualitativos a ministra] começam a rever a sua posição. Entendo que o Datafolha captou uma tendência de reversão na intenção de votos num candidato apoiado pelo presidente. Vejam que 58% do eleitorado já sabe que Dilma é a candidata governista com apenas 5% pensando que Serra é o escolhido por Lula, entretanto, eles estão empatados na base lulista, ela com 33%, enquanto o peessedebista tem 32 por cento.
Minas e Brasil
Noto ainda uma diferença entre a situação de Minas e do Brasil, apesar das aparentes semelhanças na escolha dos candidatos a sucessão feita por Aécio e Lula, que escolheram respectivamente seus candidatos Antônio Anastasia e Dilma Rousseff. Vamos fatos. Resposta: quem é o esteio do governo Aécio nestes oito anos? Anastasia; quem é esteio do governo Lula nestes oito anos? Dilma? Não, não e não. É o presidente do Banco Central, Henrique Meireles (ex-PSDB).
Desta feita, dizer que Antônio Anastasia é a garantia de que Minas vai continuar avançando para o eleitor que aprova Aécio é reconhecido como verdade, portanto, verossímil. Mas é crível afirmar a mesma coisa para a chefe da Casa Civil em relação o Brasil? Não. E por que faço essa comparação porque ambos não possuem experiência eleitoral autônoma, ainda, que neste particular o professor já seja o vice-governador eleito e vai virar o governador a partir de abril. Mas dizer que os dois são postes, acho que é simplificar demais as coisas.
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